Inverno começa oficialmente nesta quinta-feira

No Hemisfério Sul, o inverno começa, oficialmente, nesta quinta-feira,   20, às 17h51, e se estenderá até 22 de setembro, às 9h44 (horário de Brasília). Climatologicamente, a estação, caracterizada por temperaturas baixas, principalmente durante as noites e madrugadas, é marcada também pelo período menos chuvoso nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e parte das regiões Norte e Nordeste do Brasil. Este ano há a previsão de maiores volumes de chuva neste inverno no noroeste da Região Norte, leste da Região Nordeste e parte da Região Sul do Brasil, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). 

A redução das chuvas em grande parte do Brasil nesta época do ano acontece devido à persistência de massas de ar seco, que ocasionam a diminuição da umidade relativa do ar, o que consequentemente, favorece o aumento da incidência de queimadas e incêndios florestais, bem como aumento de doenças respiratórias.

Além de uma menor incidência de radiação solar, a estação mais fria do ano caracteriza-se também pelas incursões de massas de ar frio, oriundas do sul do continente, que provocam queda na temperatura do ar, resultando em valores médios inferiores a 22ºC sobre a parte leste das regiões Sul e Sudeste do Brasil. Essa diminuição de temperatura pode ocasionar: formação de geadas nas regiões Sul, Sudeste e em Mato Grosso do Sul; queda de neve nas áreas serranas e planaltos da Região Sul e episódios de friagem em Mato Grosso, Rondônia, Acre e no sul do Amazonas. Em Nova Friburgo, já têm sido registradas nas últimas semana temperaturas inferiores a 5 graus nas madrugadas e ao amanhecer, ainda durante o outono. 

Durante o inverno, em função das inversões térmicas no período da manhã, são comuns as formações de nevoeiros e/ou névoa úmida nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, com redução de visibilidade, especialmente em estradas e aeroportos.

Como será o inverno com o La Niña 

A previsão para o inverno na Região Sudeste indica predomínio de chuva abaixo da média, porém não se descarta a ocorrência de chuva ligeiramente acima da média em áreas pontuais do litoral sul de São Paulo, devido a passagem de frentes frias. As temperaturas tendem a permanecer acima da média em grande parte da região, porém não se descarta a possibilidade de queda na temperatura média do ar devido à entrada de massas de ar frio em alguns dias, podendo ocorrer formação de geadas em pontos isolados de regiões com altitude elevada.

O fenômeno climático La Niña deve começar oficialmente entre os meses de julho e agosto, quando alguns efeitos poderão começar a ser sentidos. Na faixa litorânea entre o Rio Grande do Norte e o Espírito Santo, o aquecimento do oceano Atlântico tende a diminuir. Enquanto isso, o Atlântico subtropical deve aquecer lentamente, sobretudo perto da costa entre Santa Catarina e o Rio de Janeiro, devido ao escoamento de ar quente do interior do país.

Historicamente, no Brasil, os anos de La Niña trazem temperaturas mais baixas e chuvas acima da média em áreas das regiões Norte e Nordeste. Já no Centro-Oeste e no Sul do Brasil, o contrário é válido, e as regiões Centro-Oeste e Sudeste podem esperar condições de seca, com ausência de umidade no ar.

As regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul devem começar a estação com temperaturas de 2 a 4 graus acima da média. Embora o Nordeste tenha precipitação acumulada acima da média, a chuva tende a se concentrar mais no extremo norte e no leste da região. Enquanto isso, no Norte, julho e agosto podem ter chuvas abaixo do esperado.

Tempo mais seco no Sul e no Sudeste

No Sudeste, o sul e leste de São Paulo, Rio de Janeiro, sul do Espírito Santo e a Zona da Mata Mineira podem enfrentar momentos de frio polar em julho. Contudo, no geral, a previsão é de tempo seco, principalmente no interior paulista e em Minas Gerais — sobretudo em julho e agosto.

 Em setembro, as chuvas deverão permanecer abaixo da média na Grande São Paulo, Grande Rio e Grande BH. As temperaturas também estarão ligeiramente acima da média em áreas dos três estados, bem como no litoral do Espírito Santo. No interior capixaba, as madrugadas podem ser frias. A Serra da Mantiqueira deve ter geadas frequentes por conta de bloqueios atmosféricos.

Já no Sul, no início do inverno, bloqueios frequentes poderão voltar a ocasionar chuvas volumosas no Rio Grande do Sul – com destaque para o sul e o leste do estado gaúcho. Porém, elas terão cada vez menos frequência conforme a intensificação do La Niña. (Com informações do Inmet e portal Uol)