A Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares (Fentect) confirmou que os funcionários dos Correios estão em greve desde esta terça-feira, 18, e não há prazo para o fim da paralisação. Em Nova Friburgo, a adesão à greve foi baixa, ou nula. Pela manhã, a agência central da Praça Getúlio Vargas, atendeu normalmente. Inclusive, correspondências foram entregues na sede de A VOZ DA SERRA.
Os grevistas são contra a privatização da estatal, reclamam do que chamam de “negligência com a saúde dos trabalhadores” na pandemia e pedem que direitos trabalhistas sejam garantidos pela estatal. A Fentect afirma que desde julho os sindicatos tentam dialogar com a direção dos Correios, sem êxito. Alegam ainda que, no início deste mês, foram surpreendidos com a revogação do atual acordo coletivo que estaria em vigência até 2021.
De acordo com texto publicado no site da federação, “foram retiradas 70 cláusulas com direitos como 30% do adicional de risco, vale alimentação, licença maternidade de 180 dias, auxílio creche, indenização por morte, auxílio para filhos com necessidades especiais, pagamento de adicional noturno e horas extras”. Outro motivo da greve, segundo a entidade, é a possível privatização dos Correios e o “aumento da participação dos trabalhadores no plano de saúde, gerando grande evasão, e o descaso e negligência com a saúde e vida dos funcionários durante a pandemia”.
O que diz os Correios
“Os Correios não pretendem suprimir direitos dos empregados. A empresa propõe ajustes dos benefícios concedidos ao que está previsto na CLT e em outras legislações. A diminuição de despesas prevista com as medidas de contenção é de R$ 600 milhões anuais. As reivindicações da Fentect, por sua vez, custariam aos Correios quase R$ 1 bilhão no mesmo período - dez vezes o lucro obtido em 2019. Trata-se de uma proposta impossível de ser atendida. Assim, a estatal persegue dois grandes objetivos: a sustentabilidade e a manutenção dos empregos”.
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