Fecomércio: para 59%, negócios melhoraram ou se estabilizaram no último trimestre

Pesquisa revela otimismo: apenas 16,2% acham que situação deve continuar igual, enquanto outros 6,4% creem em piora
quarta-feira, 15 de dezembro de 2021
por Jornal A Voz da Serra
Movimento de pedestres nas ruas de Friburgo (Foto: Henrique Pinheiro)
Movimento de pedestres nas ruas de Friburgo (Foto: Henrique Pinheiro)

Levantamento realizado pela Fecomércio-RJ mostrou que 58,7% dos empresários fluminenses consideram que, no último trimestre, houve uma estabilização ou melhora na situação de seus negócios. Para os próximos três meses, 72,9% dos empresários esperam que a situação melhore, seguidos de 20,4% que aguardam uma estabilização, enquanto 6,5% esperam uma piora.  

Em relação às expectativas dos empresários do setor de serviços para os próximos meses, 77,5% afirmam que esperam que a situação de seus negócios melhore ou melhore muito, marcando leve queda de 0,4 ponto percentual em relação à pesquisa anterior. Neste novo levantamento, apenas 16,2% dos entrevistados afirmam que a situação deve continuar igual. Outros 6,4% creem numa piora ou piora acentuada na situação de suas empresas.

Pesquisa da Fecomércio RJ mostra terceira queda no número de empresários inadimplentes neste ano 

A confiança dos empresários do comércio de bens, serviços e turismo do Estado do Rio quanto à melhora em seus negócios no próximo trimestre apresentou leve redução em dezembro, após alta registrada em novembro. É o que revela a nova pesquisa da Fecomércio RJ-, realizada entre os dias 1º e 6 de dezembro, com a participação de 274 empresários. Apesar da pequena queda, o levantamento constatou uma redução do número de empresários inadimplentes e o aumento da expectativa pela estabilização nos negócios, sinalizando otimismo por parte do empresariado do Estado do Rio. 

Com boa parte da população adulta vacinada no estado, mesmo com algumas restrições, a expectativa sobre a retomada econômica se consolida e continua animando os empresários. 58,7% dos empresários consideram que, no último trimestre, houve uma estabilização ou melhora na situação de seus negócios. Para os próximos três meses, 72,9% dos empresários esperam que a situação melhore, seguidos de 20,4% que aguardam uma estabilização e 6,5% esperam uma piora. 

Questionados sobre a demanda nos últimos meses pelos serviços das empresas, o índice dos que constataram um aumento apresentou leve queda: de 27,5% (novembro) para 20,8% (dezembro). O índice dos que tiveram uma estabilização nas demandas permaneceu praticamente igual ao mês anterior: de 34,6% (novembro) para 33,6% (dezembro). Já o número de empresários que notaram uma diminuição na procura por serviços/bens aumentou de 37,9% (novembro) para 45,6% (dezembro). 

Quando questionados sobre os principais fatores que atualmente limitam o seu negócio, 49% dos empresários apontam a insuficiência de demanda e outros 43,2% indicaram as restrições financeiras. Além disso, para 10,1% a falta de mão de obra é um dos principais impeditivos e por fim, a falta de mão de espaço e/ou equipamentos é apontada por 9,3% dos entrevistados. 

Empregos 

Em relação ao quadro de funcionários nos últimos três meses, 17,9% afirmam que diminuiu bastante e outros 17,9% dos entrevistados informaram que diminuíram de alguma forma. Além disso, apenas 7,6% disseram que houve algum tipo de aumento das contratações. O índice de emprego presente se encontra no segundo maior nível desde o início da pesquisa, com 77,4 pontos, um crescimento de 12,7 pontos em relação a dezembro de 2020. Na demanda, esta variação é de 12,4, enquanto a situação do negócio presente apresenta maior evolução, tendo crescido 17,6 pontos no período.

Em dezembro, 58% afirmam que esperam manter o número de empregados pelos próximos três meses, índice semelhante ao de novembro (61,4%). O percentual de empresários que devem demitir está em 21,1%. Outros 20,8% de entrevistados devem aumentar de alguma forma seu quadro de funcionários nos próximos meses. 

Preço dos fornecedores e estoques 

De acordo com os comerciantes, os preços dos fornecedores se mantiveram em patamares altos: 90,5% perceberam algum aumento nos preços – a percepção está adequada com o índice de preços para região metropolitana do Rio de Janeiro, acumula 9,36% em 12 meses. Além disso, para o Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), essa percepção no aumento dos preços, por parte dos fornecedores, já pode indicar um reflexo de altas nos custos devido ao valor dos combustíveis e também da energia elétrica.   

Em relação ao abastecimento dos estoques, no último trimestre 43,2% dos empresários afirmaram que ficou abaixo do planejado, a ponto de fazerem novos pedidos, representando uma leve retração na situação presente. Para 44,4%, a quantidade se manteve em relação ao esperado, e apenas 12,5% ficaram com estoque acima do planejado. 

Inadimplência 

O índice de inadimplentes ou muito inadimplentes entre as empresas é de 27,7% nesta sondagem. Desse total, 66,1% dos entrevistados estão com mais de um tipo de inadimplência. O número de empresários que não ficaram com restrições apresentou nova alta, atingindo 55,1%. É a terceira vez, em 12 meses, que o percentual ultrapassa os 50%.  Entre os que ficaram inadimplentes, os gastos são associados a fornecedor (34,8%), aluguel (25,2%), bancos comerciais (33%), tributos federais (30,4%), parcelamentos de tributos com pagamento interrompido (23,5%), luz (25,2%) e Previdência/INSS patronal (19,1%). 

77,5% dos empresários do setor de serviços esperam que a situação melhore no próximo trimestre

Os empresários do setor de serviços estão mais otimistas. Com o avanço da vacinação no Estado do Rio, com mais de 95% da população adulta imunizada, a retomada econômica já se reflete nos negócios. É o que revela a pesquisa da Fecomércio RJ com comerciantes do segmento, realizada entre os dias 1º e 6 de dezembro, e que analisa a média dos meses de outubro, novembro e dezembro. Os empresários de serviços revelam avanços, mas a expectativa para o futuro segue estável. Observa-se uma recuperação concentrada no momento presente por parte deste setor, reflexo do processo de vacinação da população.    

Com a liberação de boa parte das atividades, mesmo com algumas restrições, a expectativa sobre a retomada econômica se consolida e continua animando os empresários. Em relação às expectativas dos entrevistados para os próximos meses, 77,5% afirmam que esperam que a situação de seus negócios melhore ou melhore muito, marcando leve queda de 0,4 ponto percentual em relação à pesquisa anterior. Neste novo levantamento, apenas 16,2% dos entrevistados afirmam que a situação deve continuar igual. Outros 6,4% creem numa piora ou piora acentuada na situação de suas empresas. 

 O estudo mostra ainda que, para 31% dos empresários, a situação de seus negócios melhorou ou melhorou muito nos últimos três meses, esse é o melhor percentual da séria histórica, desde o trimestre final de 2020. Esse resultado impulsionou o índice de negócios na situação presente, que atingiu o valor recorde de 95,8 pontos. Ainda assim, para 33,2% dos entrevistados, houve piora ou muita piora na situação atual do negócio. Outros 35,8% acreditam que a situação do seu empreendimento permaneceu igual. 

 Quando questionados sobre os principais fatores que atualmente limitam o seu negócio, 47,6% dos empresários apontam a demanda insuficiente e outros 41,5% indicaram as restrições financeiras. Além disso, para 10,9% a falta de espaço e/ou equipamentos é um dos principais impeditivos e, por fim, a falta de mão de obra é apontada por 10,9% dos entrevistados. 

Demanda por bens e serviços 

O número de empresários que afirmam que a demanda diminuiu ou diminuiu muito pelos serviços e bens de suas empresas nos últimos três meses apresentou a quinta queda consecutiva nesse no período, contribuindo para que o índice de comportamento da demanda voltasse a crescer, atingindo nova marca recorde de 91,3 pontos, maior valor da série. 

 Sobre as expectativas para as demandas no próximo trimestre, 64,8% dos empresários esperam que haja algum tipo de aumento, revelando estabilização das expectativas positivas. Apenas para 11,1% dos respondentes, haverá diminuição ou diminuição acentuada na busca por produtos e serviços de suas empresas. Outros 24,1% acreditam que a situação do seu empreendimento permaneceu igual. 

 Empregos 

Em relação ao quadro de funcionários nos últimos três meses, 15,8% afirmam que diminuiu bastante e outros 19,3% dos entrevistados informaram que diminuíram de alguma forma. Além disso, apenas 7,5% disseram que houve algum tipo de aumento das contratações. As vagas que surgiram foram suficientes para levar o índice de emprego ao maior patamar da série, 78,4 pontos. 

Neste mês, 56,9% afirmam que esperam manter o número de empregados pelos próximos três meses, marcando crescimento na expectativa. O percentual de empresários que devem demitir está em 17,2%. Outros 26% de entrevistados devem aumentar de alguma forma seu quadro de funcionários nos próximos meses. 

Preço dos fornecedores e estoques 

De acordo com os comerciantes, os preços dos fornecedores se mantiveram em patamares altos: 90,5% perceberam algum aumento nos preços – a percepção está adequada com o índice de preços para região metropolitana do Rio de Janeiro, que registra em outubro acumula 9,36% em 12 meses. Além disso, para o Instituto Fecomércio de Pesquisas e Análises (IFec RJ), essa percepção no aumento dos preços, por parte dos fornecedores, já pode indicar um reflexo de altas nos custos devido ao valor dos combustíveis e também da energia elétrica. 

 Em relação ao abastecimento dos estoques, no último trimestre 39,7% dos empresários afirmaram que ficou abaixo do planejado, a ponto de fazerem novos pedidos, reforçando a melhora na situação presente. Para 52,3%, a quantidade se manteve em relação ao esperado, e apenas 8,1% ficaram com estoque acima do planejado. 

 Inadimplência 

O índice de inadimplentes ou muito inadimplentes entre as empresas é de 24,7% nesta sondagem. O número de empresários que não ficaram com restrições apresentou nova alta, atingindo 54,4%.  Entre os que ficaram inadimplentes, os gastos são associados a aluguel (31,4%), fornecedores (28,8%), bancos comerciais (27%), tributos federais (28,5%), luz (24,8%), parcelamentos de tributos com pagamento interrompido (21,2%), telefone fixo e celular (17,9%), tributos municipais (15,3%), e Previdência/INSS patronal (14,6%). 

Sobre a Fecomércio-RJ

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio é formada por 59 sindicatos patronais fluminenses e representa os interesses de todo o comércio de bens, serviços e turismo do estado. O setor reúne mais de 314 mil estabelecimentos, que respondem por 2/3 da atividade econômica do estado e representam 68% dos estabelecimentos fluminenses, gerando mais de 1,6 milhão de empregos formais no total, que equivalem a 60% dos postos de trabalho com carteira assinada no Estado do Rio de Janeiro. Além disso, a Fecomércio RJ administra, no estado do Rio, o Serviço Social do Comércio (Sesc) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Comércio (Senac).

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