Criado pelo Ministério da Saúde em 1988, o Dia Nacional de Combate ao Câncer, nesta sexta-feira, 27, tem o objetivo de ampliar o conhecimento da população sobre o câncer, principalmente sobre a sua prevenção. Ao todo existem mais de 200 tipos de cânceres; segundo estimativa anual criada pela International Agency for Research on Cancer. Os tipos mais comuns (e mortais) são os cânceres de pulmão, mama, próstata e colorretal, fígado, estômago e de pele, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS).
As causas do câncer são diversas e vão desde fatores genéticos, passando por distúrbios no organismo, até fatores externos, tanto os relacionados ao modo de vida do indivíduo quanto o ambiente onde a pessoa habita ou trabalha. O Instituto Nacional do Câncer identificou os principais fatores que podem aumentar o risco de desenvolvimento da neoplasia, como tabagismo, obesidade, sedentarismo, idade avançada, exposição ao sol e a agentes tóxicos por período prolongado de tempo.
A entidade publicou também uma série de medidas que podem auxiliar na prevenção de diversos tipos de câncer, como manter uma alimentação saudável, equilibrada, rica em verduras, legumes, frutas, grãos e cereais; evitar o fumo, pois o cigarro é o responsável por diversos tipos de câncer, como de pulmão, boca, laringe, faringe e esôfago. Além do mais, quando o indivíduo fuma, são disseminadas no ar mais de 4.700 substâncias cancerígenas que podem entrar no organismo tanto de fumantes quanto de não-fumantes por meio da respiração. O álcool, principalmente se usado em conjunto com o tabaco, aumenta o risco para o desenvolvimento da doença.
Também é recomendada a prática de exercícios físicos que auxiliam na manutenção do peso corporal, além de fortalecer o corpo e evitar os males do sedentarismo. A atividade física pode ser tanto aeróbica quanto musculação, dança etc. Vale destacar que a obesidade é um fator de risco. Aproximadamente um terço dos casos de câncer pode ser evitado somente com a manutenção do peso corporal, seja por dieta ou exercícios.
Outra recomendação importante é para as mulheres entre 25 e 54 anos que devem consultar um ginecologista periodicamente e realizar exame preventivo a cada três anos. Meninas na faixa etária entre 9 e 14 anos, e meninos de 11 a 14 anos, devem ser vacinados contra o vírus HPV, conforme a agenda de vacinação do Ministério da Saúde. Para evitar o câncer de pele, deve-se evitar a exposição ao sol entre 10h e 16h.
O tão esperado Hospital do Câncer
Um sonho que nos últimos anos vem se tornando um pesadelo em Nova Friburgo e região: a retomada das obras do tão desejado e necessário Hospital do Câncer de Nova Friburgo que estão paradas desde o ano passado. O presidente da Associação dos Moradores e Amigos da Ponte da Saudade, José Roberto Pacheco Folly, idealizador de um movimento pró-retomada das obras do hospital, destacou a importância das autoridades estaduais e federais darem andamento ao projeto. Foram centenas de milhares de assinaturas requerendo a retomada das obras de adaptação da unidade oncológica nas instalações do antigo Centro Adventista de Vida Saudável (Cavs), no bairro Ponte da Saudade.
Desde que o Governo do Estado do Rio de Janeiro perdeu a verba federal de cerca de R$ 50 milhões, o então governador Luiz Fernando Pezão assumiu o compromisso de financiar a construção da unidade. O projeto passou por uma série de adaptações para, custando R$ 10 milhões a menos, caber nos cofres estaduais. Os três prédios originais foram reduzidos a dois. Também foi diminuída a quantidade de equipamentos como raios X, tomógrafos e leitos. O projeto prevê, porém, a possibilidade de expansão.
“O Pezão prometeu entregar o hospital, mas não cumpriu. Ele ainda quis mudar o projeto original, diminuindo o número de leitos. Queremos que o atual governo se comprometa com a obra e a coloque como prioridade. Sabemos que o estado está cheio de prioridades, mas esse hospital vai, inclusive, resolver muitos problemas da capital. Quem não é visto não é lembrado. Nós precisamos mostrar ao governador em exercício Cláudio Castro as nossas dificuldades e a nossa luta”, contou José Roberto Folly.
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