Cometa Neowise visível a olho nu em Friburgo a partir desta sexta

Espetáculo será entre 18h e 19h, sendo os melhores dias entre domingo e quarta que vem, se o tempo ajudar
quinta-feira, 23 de julho de 2020
por Adriana Oliveira (aoliveira@avozdaserra.com.br)
O Neowise visto pelo mundo (Foto: Bray Falls)
O Neowise visto pelo mundo (Foto: Bray Falls)

Vai ter cometa em Nova Friburgo sim! A visualização correta do site especializado timeanddate.com mostra que o cometa Neowise, que vem dando um show pelo mundo desde março, quando foi descoberto pela Nasa, poderá ser visto nos  céus da cidade a partir desta sexta-feira, 24, até o fim do mês. Mas os melhores dias para a sua observação a olho nu serão de domingo, 26, até quarta-feira, 29, sempre logo depois das 18h, até por volta das 19h, à direita do ponto onde o sol se põe.

O site  mostra em tempo real, e com animação, o mapa do céu de qualquer cidade, permitindo descobrir onde o cometa estará cada dia - é só mudar a data e a hora do calendário (VEJA FRIBURGO AQUI).

 

No entanto, segundo o astrônomo Reinaldo Ivaniska, responsável pelo Planetário de Nova Friburgo, o Neowise dificilmente proporcionará por aqui o espetáculo que vem garantindo pelo mundo afora. "Ele será visivel a noroeste. Não será como no Hemisfério Norte, mas cometa é cometa", comentou Ivaniska, que estará a postos no fim de semana para acompanhar o fenômeno de seu observatório no Caledônia.

Segundo o estudante de física Pedro Mineiro, não é seguro que o cometa possa ser visto de Friburgo inteira. "Em lugares com topografia aberta para o noroeste e bem afastados, como o Caledônia ou clareiras de montanhas, as pessoas podem procurar por ele", sugeriu, lembrando que o cometa não riscará o céu, mas ficará perto do horizonte.  Abaixo, o Neowise no Líbano, em foto da Nasa.

Segundo o Climatempo, a nebulosidade, com ou sem chuva,  é o fator mais importante para a visualização do cometa Neowise. O ideal é que o céu esteja com pouca ou nenhuma nebulosidade no fim da tarde e nas primeiras horas da noite.  E a previsão para Nova Friburgo é de algumas nuvens justamente nos dias em que o cometa estaria com melhor visibilidade.

Próxima visita, só daqui a 6.800 anos

O nome do cometa vem das iniciais do telescópio especial que o detectou:  Near-Earth Object Wide-field Infrared Survey Explorer.  Tecnicamente, para os astrônomos, ele é o cometa  C/2020 F3. Será o primeiro a ser visto da Terra este ano.

No início de agosto, o Neowise vai embora pelo espaço. A previsão é que desapareça pelo sistema solar e só volte por essas bandas daqui a 6.800 anos. Abaixo, o cometa em Odessa, na Ucrânia.

Cometas são corpos celestes formados de gelo e poeira cósmica. O brilho e a cauda são consequências de passagens próximas ao Sol. O Neowise passou o mais perto do Sol no último dia 3,  ganhandobrilho mais intenso. Agora está passando perto da Terra, e o pico desta aproximação é nesta quinta, 23, quando começa a ser visto no Brasil, de Norte a Sul, a 103 milhões de quilômetros de distância. 

 

LEIA MAIS

Previsão é que a chuva diminua, mas há possibilidade de pancadas isoladas até o fim de semana

Ideal é votar pela manhã, para evitar possíveis pancadas à tarde

A previsão de altos acumulados de chuva e ventos podem provocar transtornos

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 78 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra

TAGS: Clima