Comércio friburguense começa a dar sinais de recuperação após pico da crise

Presidente da CDL e do Sincomércio informa que, em agosto, lojas tiveram movimento cerca de 6% maior do que o registrado no mesmo período de 2019
quinta-feira, 24 de setembro de 2020
por Fernando Moreira (fernando@avozdaserra.com.br)
Movimento de comércio em Friburgo (Arquivo AVS/ Henrique PInheiro)
Movimento de comércio em Friburgo (Arquivo AVS/ Henrique PInheiro)

A atividade do comércio registrou a segunda maior alta do ano em agosto e a quarta consecutiva, de acordo com o indicador da Serasa Experian. No período, a expansão foi de 5,3% ante julho, quando o crescimento foi de 4,3%, já considerando os ajustes sazonais. O resultado positivo ficou atrás apenas de junho que apresentou expansão de 14,9%.

Quando comparado por segmento, o que mais cresceu de um mês para o outro foi o de móveis, eletroeletrônicos e informática, subindo de 4,5% em julho, para 7,0% em agosto. Em seguida aparece material de construção, de 0,7% para 2,7%, e supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas, de 4,7% para 5,6%.

Para o economista da Serasa Experian Luiz Rabi, o resultado é importante, pois sinaliza a retomada do comércio: “Depois de bater o fundo do poço em abril, a economia agora vem reagindo e o varejo acompanha o movimento. Além disso, a redução da taxa de juros, as linhas de crédito disponíveis no mercado, a renegociação de dívida, o auxílio emergencial e a melhora na confiança do consumidor são elementos importantes que estão contribuindo para a retomada dos negócios. Lógico, a abertura do comércio a partir de maio também foi importante para esse cenário”, explica Rabi, que completa: “O crescimento do setor de imóveis, eletroeletrônicos e informática se deve principalmente ao aumento do trabalho em home office, pois as pessoas estão investindo na troca de equipamentos para conseguirem trabalhar com qualidade e conforto”, avalia.

O indicador da Serasa Experian mostra, ainda, que a atividade do comércio teve a menor queda anual desde abril, de 12%. Embora o número seja negativo, ele corrobora a tendência mostrada na avaliação mensal, de que o setor está em suave recuperação.

O cenário em Nova Friburgo

Procurado por A VOZ DA SERRA para comentar os números divulgados pelo Serasa Experian, o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e do Sindicato do Comércio Varejista (Sincomércio), Braulio Rezende (foto), confirmou que o cenário positivo verificado no restante do país se repete em Nova Friburgo. Segundo ele, em agosto, as lojas da cidade apresentaram movimento em torno de 6% maior do que o registrado no mesmo período de 2019. Braulio Rezende acredita numa recuperação do setor no próximo trimestre, apesar da pandemia.

“Nova Friburgo não foge à regra da economia brasileira neste momento. Nosso comércio, felizmente, vem retomando seu desempenho aos poucos. É claro que há ramos mais prejudicados, como os de roupas e calçados, que sentem retração devido à ausência de eventos sociais, festas, formaturas, casamentos, aniversários etc. Mas, de modo geral, as lojas já tiveram um mês de agosto bem melhor, e estamos otimistas em relação ao Natal”, destaca o presidente da CDL e do Sincomércio.

Flexibilização contribuiu

Em Nova Friburgo, a retomada gradual e segura das atividades teve início em 3 de julho depois de quase quatro meses de restrições de funcionamento a diversos setores da economia por conta do enfrentamento à pandemia do coronavírus.

Após tanto tempo fechado (ou com funcionamento restrito), boa parte do comércio reabriu e começou a fazer as vendas que ficaram “represadas” durante o período de isolamento social. Apesar da crise e do desabastecimento de alguns produtos, o setor vem dando sinais de recuperação desde que foi autorizado a retomar suas atividades.

No último dia 12 de setembro, A VOZ DA SERRA destacou que o mês de julho fechou com saldo positivo no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, com destaque justamente para o comércio, dando uma sinalização positiva à economia friburguense após quatro meses “sombrios”, que resultaram num saldo negativo de quase 2.700 postos de trabalho.

Passada essa turbulência, em julho foram registradas 1.063 admissões, contra 952 demissões, resultando num saldo positivo de 111 postos de trabalho em Nova Friburgo. O comércio, um dos setores mais afetados pelas medidas de restrição de funcionamento impostas pelo Governo Municipal, foi quem registrou o melhor resultado no período: 355 admissões e 299 demissões, um saldo positivo de 56 vagas de emprego.

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