Os friburguenses acordaram nesta sexta-feira, 11, com o preço da gasolina bem “salgado”. O motivo? Começou a valer o novo reajuste nos preços da gasolina, diesel e GLP, o gás de cozinha, anunciado pela Petrobras na última quinta-feira,10. O aumento vale para as distribuidoras, e depende do repasse de cada revendedor para chegar ao consumidor final. Nas distribuidoras, o preço médio da gasolina passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 o litro, um aumento de 18,77%. Para o diesel, o valor foi de R$ 3,61 a R$ 4,51, alta de 24,9%. O gás de cozinha passou de R$ 3,86 para R$ 4,48 por quilo, um reajuste de 16%. A última alteração no preço dos combustíveis foi há quase dois meses, em 11 de janeiro. Já o GLP foi reajustado em outubro do ano passado, há pouco mais de 150 dias.
Nas bombas de Nova Friburgo, o preço da gasolina comum pulou para entre R$ 7,57 e R$ 7,97, em média nos postos do Centro. Já a aditivada, está custando R$ 8,07. O anúncio da Petrobras levou motoristas a fazerem filas nos postos na última quinta-feira, em uma tentativa de abastecer os veículos antes dos preços mudarem.
Petróleo x guerra
Em nota, a Petrobras diz que os valores "refletem parte da elevação dos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia". "Após serem observados preços em patamares consistentemente elevados, tornou-se necessário que a Petrobras promova ajustes nos seus preços de venda às distribuidoras para que o mercado brasileiro continue sendo suprido, sem riscos de desabastecimento", comunicou.
O barril de petróleo no mercado internacional ultrapassou a marca de US$ 130 (R$ 656, na cotação de hoje) nos últimos dias, com o conflito entre a Rússia e a Ucrânia. Quando a companhia anunciou o último aumento, em 11 de janeiro, o produto era cotado a cerca de US$ 83 (R$ 419).
Ações em alta
Ações da Petrobras tinham as maiores altas da Bolsa de Valores brasileira (B3) na quinta-feira, por volta das 10h40. As ações preferenciais subiram 3,9%, a R$ 33,83, enquanto as ordinárias valorizavam 2,85%, a R$ 35,68. Na semana passada, cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Petróleo (Abicom) apontaram que os valores médios do diesel e da gasolina da Petrobras nas refinarias era 25% menor do que o cobrado no exterior, uma defasagem não vista há cerca de dez anos.
O chamado preço de paridade de importação (PPI) é o custo do produto importado trazido ao país. A atual política de preços da Petrobras busca seguir o PPI, para evitar prejuízos, considerando indicadores como o valor do barril do petróleo e o dólar. No entanto, a empresa tem demorado a fazer reajustes, alegando que assim evita repassar volatilidades internacionais ao mercado interno. (Com informações da Uol)
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