Passado pouco mais de um mês da reunião que definiu a continuidade da atual estrutura do futebol do Friburguense, o cenário ainda é de incertezas. O gerente de futebol José Siqueira, o Siqueirinha, mantém o clube em atividade e na disputa do Campeonato Carioca da Série A2, mas ainda sem uma garantia jurídica. A VOZ DA SERRA apurou que o contrato, a princípio acordado entre o clube e o dirigente, ainda não foi assinado.
E por que essa assinatura é tão importante? Primeiramente, e até de maneira óbvia, há a questão legal para respaldar as ações, projeções e a continuidade do trabalho. E ainda existe mais uma questão, não menos importante e urgente: a busca por recursos.
Em paralelo a essas indefinições, a Série A2 chega à quarta rodada neste fim de semana. O Friburguense, com duas derrotas e um empate, terá uma sequência de duas partidas consecutivas fora de casa, contra o Sampaio Corrêa e o Olaria, dois times de alto investimento e cotados para brigar pelo acesso. Internamente, tirando a questão dos bastidores administrativos, a confiança no elenco é grande.
Assim como aconteceu na temporada passada, quando houve evolução após um começo irregular, direção de futebol e comissão técnica confiam na evolução da equipe. De fato, mesmo sem ainda ter vencido, o Tricolor não foi inferior a nenhum dos três adversários, todos eles com investimentos bem superiores – o Artsul, por exemplo, está aplicando em torno de R$ 1,5 milhão este ano.
É aí que novamente aparece a questão do contrato e da insegurança jurídica. Antes de toda a possibilidade de uma mudança na gestão do futebol vir à tona, havia um acordo engatilhado para a injeção de recursos. Dinheiro este que poderia ser utilizado para trazer, pelo menos, dois jogadores que estavam negociando e tinham situações encaminhadas. Sem a segurança e, até aqui, sem esse investimento, as contratações ficaram inviabilizadas. Dentro de campo, a equipe comandada por Gerson Andreotti carece desse acréscimo de qualidade.
Os próximos dias serão decisivos. Como o duelo com o Resende foi adiado para o final de julho ou início de agosto, o Friburguense terá, entre os jogos contra Sampaio e Olaria, duas semanas até voltar a campo. A expectativa é pela resolução deste imbróglio durante o período.
Enquanto toda essa situação não é concluída de maneira definitiva, os garotos vão batalhando para subir na tabela de classificação da Série A2. Muitos deles jogam o campeonato pelo segundo ano consecutivo, e já se mostram mais amadurecidos. Contudo, futebol é tempo e processo. O Friburguense teve cerca de duas semanas de preparação até o jogo de estreia. Alguns atletas não disputavam uma partida oficial há meses, e a falta de ritmo é mais um componente adversário. Com todo esse contexto extra campo envolvido e a necessidade de reagir rapidamente, o jogo no Lourival Gomes pode se tornar um divisor de águas.
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