Calçadas com buracos e desníveis colocam pedestres em risco e sem acessibilidade.

Problema crônico da cidade é motivo de queixas recorrentes dos nossos leitores
quarta-feira, 04 de junho de 2025
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Leitor via whatsapp)
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A acessibilidade, ou melhor, a falta dela nos espaços urbanos de Nova Friburgo é um tema que vem sendo motivo de uma série de reclamações de leitores que entram rotineiramente em contato com a redação do jornal, através do nosso WhatsApp (22) 9 9213 9995, para se queixar da má conservação das calçadas da cidade. Sobram buracos, desníveis e obstáculos que expõem os pedestres a riscos permanentes de quedas e acidentes até mesmo mais graves. 

Em alguns trechos, quem caminha é obrigado a disputar espaço com veículos, pois no lugar do que era para ser uma calçada, tem entulho de obra, mato, lixo, buracos… ou até mesmo um poste, entre outros obstáculos. Quem usa muletas ou cadeira de rodas sofre ainda mais para se locomover na cidade. Nas Rua Casimiro de Abreu, no Centro, um morador nos enviou foto de trechos de calçadas ocupados por entulho de obras. Na Rua Sílvio Rangel, também no Centro, tapumes de construção obrigam os pedestres a terem que caminhar na rua. Em outras diversas calçadas, o mato tomou conta do espaço que deveria ser destinado aos pedestres. Na Rua Coronel Galeano das Neves, a inclinação acentuada de um trecho da calçada dificulta os pedestres a os inviabiliza a passagem de cadeirantes. Na Praça de Sant’Ana, no Cônego, obstáculos impedem a circulação de pedestres.     

Nesta quinta-feira, 5, a acessibilidade urbana será tema de um encontro técnico do Senai que promoverá a palestra “Desmistificando a acessibilidade na pavimentação intertravada: quebrando mitos, conhecendo a norma, transformando cidades”. A discussão, a partir das 9h, no auditório do Senai Espaço da Moda visa orientar profissionais do setor de construção civil e áreas relacionadas, gestores públicos e estudantes sobre a necessidade de melhor infraestrutura das cidades. 

Na prática, infelizmente, o caos reina. Constantemente serviços de resgate como o Samu e o Corpo de Bombeiros são acionados para socorrer vítimas de quedas em calçadas esburacadas e desniveladas de Nova Friburgo. Falta lei e fiscalização.        

Antigas ideias que não avançaram 

Há cerca de 15 anos, Nova Friburgo deu um passo para viabilizar uma iniciativa que propôs regras para que futuras obras fossem desenvolvidas com pensamento na acessibilidade e mobilidade. O programa Calçada Acessível, elaborado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), em parceria com a Associação Brasileiro de Cimento Portland, iniciou entendimentos a fim de conscientizar prefeitos e vereadores sobre a necessidade de padronização e promoção da acessibilidade nas calçadas. 

Os técnicos do programa sentiram na pele a dificuldade do ir e vir das pessoas em uma simulação das dificuldades diárias de quem tem deficiências, como os cegos e cadeirantes, nas calçadas friburguenses. O programa apresentou regras para a construção de calçadas, determinações sobre a textura dos pisos, largura máxima e mínima dos passeios, inclinação e local adequado para instalação de rampas de acesso, faixas de pedestres, uso de pisos táteis, canteiros, entre outros.  

Um manual previu também a modificação das faixas de pedestres com trechos de concreto, facilitando a passagem de pessoas com bengalas, cadeirantes, carrinhos de bebê, entre outros - já que a maioria das ruas das cidades são de paralelepípedo, o que dificulta a travessia

O material sugeriu três faixas de classificação das calçadas, sendo a primeira, a de serviço, destinada à árvores, rampas de acesso para veículos ou portadores de deficiências, postes de iluminação, sinalização de trânsito e mobiliário urbano como bancos, floreiras, telefones, caixas de correios e lixeiras. A segunda é a faixa livre, destinada à circulação de pedestres, e a terceira, é a faixa de acesso aos imóveis. A iniciativa não avançou.  

 

  • (Foto: Leitor via whatsapp)

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