Brasil recupera certificado de eliminação do sarampo após cinco anos

Último registro aconteceu em junho de 2022, no Amapá
sexta-feira, 22 de novembro de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Governo do Estado)
(Foto: Governo do Estado)
Cinco anos após perder o certificado de eliminação do sarampo, em 2019, o Brasil voltou a receber da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/Organização Mundial de Saúde) o status de país livre da doença. O último registro de sarampo no Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde (MS), aconteceu em junho de 2022, no Amapá. Dados da OMS indicam que, em 2023, mais de 320 mil casos foram confirmados em todo o planeta.

Recertificação foi concedida pela Opas após dois anos sem novos casos locais e aumento da cobertura vacinal
O diretor da Opas, Jarbas Barbosa, avaliou que, quando se consegue reunir capacidade técnica e liderança política comprometida com a causa, “as coisas acontecem”. Segundo ele, é importante que se reconheça isso, “para que sirva de exemplo a outros chefes de Estado da região para terem o mesmo compromisso e darem o impulso que os programas de imunização precisam”, disse.

Ele lembrou que as Américas figuram, atualmente, como a região do mundo que mais recuperou a cobertura vacinal após a pandemia de covid-19. “Isso é importante porque a pandemia foi um golpe. Estimamos que 23% ou 24% das crianças deixaram de se vacinar no período”.

De acordo com Barbosa, nas Américas, por vários fatores, desde 2015, as coberturas vacinais já vinham num processo de declínio — “lento, mas preocupante”. E em seguida, citou o fato de ter não só recuperado [coberturas vacinais], mas ter sido a região que recuperou com mais força. 

“Não nos esqueçamos de que o sarampo continua a existir no mundo — na Europa, na Ásia, na África, em todos os outros continentes. E teremos casos importados de sarampo. O preocupante é quando não tivermos notificação desses casos, provavelmente porque a vigilância não teve capacidade de detectar. Precisamos manter o binômio vacinação elevada e homogênea e vigilância sensível.”

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, classificou o status de país livre do sarampo como uma conquista importante. “Uma conquista que vem do compromisso da capacidade técnica, sem dúvida, mas essa capacidade está no nosso país. Ela precisava ser mobilizada junto com a sociedade, com a excelente cooperação com a Opas”.

Linha do tempo

Após o registro dos últimos casos de sarampo em 2015, o Brasil recebeu, em 2016, a certificação da eliminação do vírus. Nos anos de 2016 e 2017, não foram confirmados casos da doença no país. Em 2018, entretanto, com o grande fluxo migratório associado às baixas coberturas vacinais, o vírus voltou a circular e, em 2019, após um ano de franca circulação do sarampo por mais de 12 meses, o Brasil perdeu o status.

Dados do ministério indicam que, entre 2018 a 2022, foram confirmados 9.329, 21.704, 8.035, 670 e 41 casos de sarampo, respectivamente. Em 2022, os estados que confirmaram casos foram: Rio de Janeiro, Pará, São Paulo e Amapá, sendo que o último caso confirmado foi registrado no Amapá, com data de início do exantema (erupções cutâneas) em 05 de junho.

Em 2024, o Brasil chegou a registrar dois casos confirmados, mas importados, sendo um em janeiro, no Rio Grande do Sul, proveniente do Paquistão; e um em agosto, em Minas Gerais, proveniente da Inglaterra.

Importante saber: “O sarampo é uma doença viral altamente contagiosa que afeta principalmente crianças e pode causar complicações graves, como diarreias intensas, cegueira, pneumonia e encefalite (inflamação do cérebro). A maneira mais efetiva de evitar o sarampo é por meio da vacinação”, informou o Ministério da Saúde, em nota.

(Fonte: Agência Brasil)

 

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