A Secretaria Municipal de Saúde de Nova Friburgo divulgou na terça-feira, 28, mais um boletim com informações sobre a epidemia de dengue no município. O total de 12 óbitos confirmados em decorrência da doença mantém-se estabilizado e uma morte ainda permanece em investigação pela Comissão de Investigação de Óbitos da Secretaria estadual de Saúde (SES/RJ). O total de casos positivos de dengue no município agora é 2.204, ou seja, 186 a mais que o informado pelo último boletim da prefeitura emitido na semana passada.O boletim desta semana informa ainda o total de 4.067 notificações, com 2.043 casos negativos.
A equipe da Subsecretaria de Vigilância em Saúde e o Comitê de Combate ao mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença, continuam monitorando o cenário epidemiológico e promovendo ações de enfrentamento que incluem a capacitação de servidores públicos e moradores de Nova Friburgo. Também continuam sendo realizados periodicamente mutirões de limpeza e verificação de focos do mosquito, remoção de veículos abandonados nas ruas da cidade e as visitas domiciliares feitas pelas equipes de agentes de combate às endemias. “É hora de todos agirem. Junte-se a nós e não deixe água parada. Em caso de suspeita, procure a unidade de saúde mais próxima e não se automedique”, alertam as autoridades de saúde.
Três mil mortes no Brasil
O Brasil registrou três mil mortes confirmadas por dengue este ano, o que equivale a pouco mais de 20 óbitos por dia desde o começo do ano. No mesmo período do ano passado (até a semana 20), o país tinha 867 óbitos.
Este é o maior número desde o início da série histórica, em 2000. O recorde anterior de mortes ocorreu em 2023, com 1.179. Já o terceiro ano com maior número foi 2022 com 1.053. Desde 2000, foram confirmados 5.213.564 casos de dengue no Brasil (marca inédita desde o início da série histórica, em 2000) e 2.666 óbitos em investigação.
Em fevereiro, a secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Ethel Maciel, afirmou que a estimativa do Ministério da Saúde era de que o país registrasse, neste ano, 4,2 milhões de casos. Mesmo antes do fim do 1º semestre, esse número já foi superado. O estado de São Paulo concentra o maior número de mortes (805), seguido por Minas Gerais (519), Paraná (367) e Distrito Federal (365). Na outra ponta, Acre e Roraima não registraram nenhum óbito por dengue este ano.
Surto ativo ainda em junho
Dados do setor privado indicam que o atual impacto do surto vai continuar no mês de junho. Segundo análise do Instituto Todos pela Saúde (ITpS), com dados de cerca de 500 mil exames diagnósticos feitos entre maio de 2022 e maio de 2024 nos laboratórios Fleury, Hilab, HLAGyn, Hospital Israelita Albert Einstein e Sabin, a positividade de testes para dengue atingiu o patamar mais elevado dos últimos dois anos.
O percentual de resultados positivos foi de 34,5% na Semana Epidemiológica 19, de 5 a 11 de maio. No mesmo período de 2023 a positividade estava em 26% e em 2022, 20,5%. “Diante dos patamares recordes de positividade reportados, superiores a 35% em alguns estados brasileiros e em diferentes faixas etárias, os surtos de dengue que observamos hoje no país ainda serão motivo de atenção ao longo do mês de junho”, aponta o virologista Anderson Brito, pesquisador do ITpS. (Com informações do portal G1)
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