Preparem os bolsos, friburguenses! Já está sendo preciso, mais do que nunca reservar uma parte ainda maior do orçamento doméstico para pagar a conta de luz e o gás de cozinha que tiveram novos aumentos de preço. O reajuste dos botijões de gás foi anunciado pela Petrobrás no último dia 11 e desde a semana passada deixou o almoço dos friburguenses mais salgado. Para piorar a situação, ontem, 22, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a revisão tarifária das contas da concessionária de energia elétrica Energisa para Nova Friburgo. O reajuste entrou em vigor ontem mesmo. Somado a esse aumento, ainda tem a bandeira tarifária vermelha - patamar 2, a mais cara, engrossando o valor final das contas deste mês.
Vamos aos números: o gás de cozinha teve um reajuste médio de 5,9% nas distribuidoras. Para o consumidor final, em Nova Friburgo, o botijão de 13 quilos com entrega residencial custa agora entre R$108 e R$ 110, dependendo das distribuidoras. Nos depósitos é possível comprar o botijão por R$ 97. Antes desse reajuste, o friburguense desembolsava R$ 98 pelo botijão entregue em casa e R$ 93, buscando no depósito.
Energia elétrica sobe, em média 4,95%
Desde esta terça-feira, 22, a energia elétrica também está mais cara em Nova Friburgo. A Aneel aprovou o resultado do 5º Ciclo de Revisão Tarifária da concessionária Energisa. O efeito médio percebido pelo consumidor será de 4,95%. Pelo cálculo da Aneel, os clientes de baixa tensão (residencial e comercial) terão correção de 3,99% e alta tensão (indústrias), 9,40%.
Em nota, a concessionária de energia explicou que “em resumo, desse efeito médio acima que os consumidores vão perceber 4,16% é formado por custos de geração, transmissão e encargos setoriais responsáveis. A parcela da distribuidora foi a de menor impacto com 0,79% - abaixo da inflação do período - e refletindo também uma gestão eficiente da Energisa Nova Friburgo e ao reconhecimento da Aneel pelos investimentos de R$ 47 milhões realizados pela empresa nos últimos cinco anos.”
Bandeira vermelha em junho
Além do aumento da energia as contas deste mês virão com mais um acréscimo: a aplicação da bandeira vermelha - patamar 2, que representa um aumento na conta de R$ 6,243 a cada 100 quilowatts consumidos, mais os tributos.
As bandeiras tarifárias também contribuem para a variação do consumo de energia e o consequente valor da conta. Essa cobrança é repassada integralmente às geradoras de energia. Criado pela Aneel, o sistema das bandeiras funciona como uma sinalização para que o consumidor de energia elétrica conheça, mês a mês, as condições e os custos de geração no país.
Segundo a Aneel, maio foi o primeiro mês do período mais seco nas principais bacias hidrográficas do Sistema Interligado Nacional (SIN), registrando condições hidrológicas desfavoráveis e exigindo o acionamento das termelétricas. “A bandeira tarifária incide também sobre os impostos estaduais e federais. Com isso, todos os consumidores precisam redobrar a atenção, planejar o consumo e rever hábitos individuais e coletivos, no dia a dia, para que consigam economizar energia", explica Luciano Lima, gerente do Departamento de Serviços Comerciais da Energisa, que alerta que com a chegada do inverno e tempo seco sem chuvas, a bandeira tende a permanecer vermelha.
Investimentos
Em nota, a concessionária Energisa informou também que fez um investimento de cerca de R$ 17,6 milhões em 2020. O valor segue a linha dos anos anteriores continuando o planejamento de investimentos para contribuir com o desenvolvimento econômico e social de Nova Friburgo. Além da oferta de energia contínua e eficiente, a empresa vem investindo em infraestrutura, envolvendo renovação da frota, atualização dos sistemas, equipamentos para equipes de campo, melhoria de agências de atendimento; a distribuidora também aplicou recursos na instalação e substituição de equipamentos em redes e subestações, deslocamento e reforma de redes e linhas elétricas.
“A prioridade da Energisa é oferecer um serviço cada vez melhor aos clientes, primando pela segurança, visando o crescimento econômico e garantindo uma oferta de energia permanente e segura, levando bem-estar à população”, destacou o diretor-presidente da concessionária, Eduardo Mantovani.
Encargos e impostos na tarifa
A conta de luz recebida por cada consumidor tem especificados os valores destinados a cada um dos itens que compõem a cadeia do setor elétrico brasileiro, considerando a receita da concessionária, acrescida dos impostos e tributos (ICMS, PIS e Cofins). Em nota, a Energisa explicou que “a tarifa final do consumidor contém 40% de encargos e impostos. A parte que cabe à distribuidora de energia representa 17,3% da composição da tarifa. É por meio dessa parcela que a Energisa Nova Friburgo distribui energia aos clientes, paga funcionários, fornecedores e prestadores de serviço, mantém e amplia a rede e os sistemas elétricos, além de investir na modernização e melhoria crescente da qualidade dos serviços prestados.”
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