Começando o ano de forma positiva, as vendas do varejo físico no Brasil cresceram 6,1% em janeiro, comparado ao mesmo período de 2022. O número foi o maior registrado pelo Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian nos últimos 18 meses, quando chegou a 10,6% em julho de 2021.
No recorte por setores, todos apresentaram expansão em relação ao ano anterior, e o de veículos, motos e peças saiu à frente com 13,1%. Em seguida está o segmento de combustíveis e lubrificantes (10,1%), depois supermercados, hipermercados, alimentos e bebidas (4,6%). Em quarto lugar vem móveis, eletrodomésticos, eletroeletrônicos e informática (3,9%), seguido por material de construção (2,3%) e tecidos, vestuário, calçados e acessórios (1,2%) para fechar o ranking.
Segundo o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, “o comércio ainda está sentindo os efeitos positivos das comemorações de fim de ano, em que há um incentivo maior ao consumo. Mas é importante reforçar que, nesse momento, é imprescindível que os lojistas se planejem, organizem o caixa das empresas e definam estratégias para alavancar as vendas e manter o ritmo nos próximos meses”, ressalta.
Outro fator que implica diretamente no varejo é a inadimplência dos consumidores. “Somente com a diminuição da taxa de inadimplentes no país e, consequentemente, com a recuperação do poder de compra destas pessoas, é que então poderemos ver uma melhora expressiva no comércio”, explica Rabi.
Variação mensal aponta leve queda
Mesmo com resultados superiores aos do último ano, na comparação mensal com dezembro de 2022, as vendas do comércio apresentaram uma leve queda de 0,5%. Nesta análise, o segmento de veículos, motos e peças apresentou a maior baixa (-2,1%), enquanto o de tecidos, vestuário, calçados e acessórios teve a maior alta, de 1,0%.
Metodologia
O Indicador de Atividade do Comércio é construído, exclusivamente, pelo volume de consultas mensais realizadas por cerca de seis mil estabelecimentos comerciais à base de dados da Serasa Experian. As consultas são tratadas estatisticamente pelo método das médias aparadas, com corte de 20% nas extremidades superiores e inferiores das taxas mensais de crescimento, relativas a cada estabelecimento comercial dentro de cada um dos seis segmentos varejistas pesquisados.
Para a formação da série agregada do Indicador, as taxas de crescimento resultantes de cada segmento varejista são ponderadas pelo peso relativo de cada um deles na Pesquisa Mensal de Comércio — Varejo Ampliado, do IBGE, respeitando-se as suas revisões metodológicas.
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