Artigo sobre o dia internacional das vítimas do Holocausto

Osias Wurman, cônsul honorário de Israel no Rio de Janeiro, escreve sobre o tema
segunda-feira, 27 de janeiro de 2020
por Osias Wurman*
Osias Wurman (Reprodução da web)
Osias Wurman (Reprodução da web)

O mundo vai lembrar nesta segunda-feira, dia 27, o Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, instituído pela ONU em 2005. A data homenageia a memória de milhões de vítimas dos nazistas e de seus parceiros, com destaque para os seis milhões de judeus assassinados. Se tivesse existido um Estado Judeu reconstruído, já na década de 30/40, este genocídio não teria se consumado.

Hoje, mais do que nunca, é preciso alertar a opinião mundial para esta perigosa guinada à direita que vem assolando a Europa e alguns países do continente americano. Uma pesquisa global, realizada em 2014, já mostrava que 46% dos entrevistados nunca tinham ouvido falar em Holocausto!

Acontece que a mesma ONU, que é a patrocinadora deste evento, ligado à filosofia do “jamais esqueceremos”, tem sido palco de incríveis atentados à lógica e à história do povo hebreu.

A mais recente aberração no Conselho de Segurança da ONU foi através da resolução 2.334, de 2016, que versou sobre a condenação do Estado de Israel pela construção de assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. Foi colocada a premissa de que os assentamentos israelenses são o principal obstáculo à paz na região.

A pergunta que não quer calar é: por que não houve um dia sequer de paz, desde 1948, quando foi declarada a independência do Estado de Israel, até 1967, quando Israel defendeu-se do ataque de seus vizinhos conquistando a Cisjordânia e libertando Jerusalém Oriental da soberania jordaniana? Neste período de 19 anos, não havia qualquer colono judeu morando em território pretendido pelos palestinos.

O que houve foram atentados, escaramuças e muito ódio incutido nos palestinos, com destaque para suas inocentes crianças, de que “os judeus deveriam ser varridos da Palestina e afogados no Mar Mediterrâneo”, como pregava abertamente o ditador egípcio Gamal Abdel Nasser na década de 1950.

Nenhum acordo entre Jerusalém e Ramalah será obtido por resoluções de terceiros ou imposições às partes. Somente o diálogo direto fará com que aflorem as verdadeiras condições de paz para a região. 

Nada que a ONU ou a Unesco propuseram através de resoluções que ignoram as raízes judaicas existentes na cidade de Jerusalém e nas bíblicas Judeia e Samaria fará com que o sonho dos dois estados convivendo lado a lado possa ser concretizado.

O revisionismo histórico das recentes resoluções da ONU não tornará dignas as intenções de quem luta na Síria, no Iraque ou no Iêmen. Um acordo tampouco fará Teerã aceitar a existência de um Estado judeu. Quanto ao resto da região, Israel mantém relações diplomáticas com Turquia, Jordânia e Egito, e estabeleceu acertos práticos com Arábia Saudita e outros países do Golfo.

Minar os fundamentos da Partilha da Palestina, aprovada pela mesma ONU, em 1947, que previu a existência de um Estado judeu e outro palestino, só servirá para agravar a situação já tão conturbada no convívio entre israelenses e palestinos.

Cerca de 50 milhões morreram na Segunda Guerra Mundial, e destacamos os seis milhões de judeus, um terço de um povo, assassinado impiedosamente simplesmente por sua origem judaica. 

É importante que a ONU não crie condições que enfraqueçam o guardião do povo judeu desta geração: o Estado de Israel. Holocausto nunca mais!

*Osias Wurman é cônsul honorário de Israel no Rio de Janeiro.

 

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