As 263,3 mil toneladas de arroz que serão importadas pelo Governo Federal para garantir o abastecimento no Brasil deverão ser disponibilizadas aos consumidores em um prazo de 45 a 60 dias. A distribuição será feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para pequenos varejos, de forma direta, e para os grandes atacarejos e redes de supermercados em forma de leilões.
A Conab promoveu na última quinta-feira, 6, um leilão público para a compra de arroz importado. Por ter subsídio do governo, o preço máximo do produto será de R$ 20 o pacote de cinco quilos, em embalagens com identificação do Governo Federal. “O único objetivo do leilão é garantir um acesso fácil e mais barato para a população a um alimento que é a base da alimentação do dia a dia das famílias brasileiras”, explicou o presidente da Conab, Edegar Pretto.
A importação de arroz deverá estabilizar os preços no mercado interno, que tiveram uma alta média de 14%, chegando em alguns lugares a 100% após as inundações no Rio Grande do Sul, que produz cerca de 70% do arroz consumido no Brasil. A produção local foi atingida tanto na lavoura como em armazéns, além de ter a distribuição afetada por questões logísticas no estado gaúcho. “Também houve desinformação, aconselhando consumidores a correr aos supermercados e fazer estoques sem nenhuma necessidade. Isso interferiu no mercado e tivemos uma subida grande nos preços”, explicou Pretto.
O presidente da Conab disse ainda que a decisão de importar arroz neste momento não foi uma “afronta” aos produtores brasileiros. “O governo não está fazendo essa importação por um bel-prazer, é por uma necessidade de proteger, neste momento, o elo mais fraco dessa relação, que são os consumidores”, completou. Segundo ele, a Advocacia-Geral da União derrubou oito liminares que pediam a suspensão do leilão.
A Conab realizará nos próximos dias outro leilão para a compra de mais 36 mil toneladas, para completar a expectativa inicial de 300 mil toneladas de arroz a serem adquiridas. Por enquanto, não há previsão de importação de outros produtos pelo governo. (Agência Brasil)
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