O Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) divulgou, na semana passada, a edição de 2024 do Anuário Brasileiro de Segurança Pública. O trabalho revelou diminuições significativas das mortes violentas intencionais em 20 estados. No Rio de Janeiro, o declínio foi de 4,8% em 2023, quando comparado com o mesmo período de 2022. O resultado positivo se manteve nos primeiros cinco meses deste ano, com uma redução de 21% das mortes violentas nos municípios fluminenses.
Outro indicador importante para o Estado do Rio de Janeiro é a morte por intervenção de agente do Estado, que nos últimos anos registrou quedas significativas: 34,5% em 2023 e, entre janeiro a maio deste ano, a diminuição chegou a 40%. Vale lembrar que esses indicadores fazem parte do Sistema Integrado de Metas (SIM) do Governo do Estado do Rio, que estabelece metas, acompanha os resultados e premia as áreas que atingem os objetivos. O Sistema de Metas do Rio de Janeiro é o mais duradouro do país, em vigor desde 2009.
“A segurança pública do Estado do Rio de Janeiro vem alcançando reduções históricas nos crimes contra a vida. Esse resultado não é por acaso. É fruto de um esforço estratégico, contínuo e integrado entre as forças de segurança. Já investimos nesta gestão R$ 4 bilhões na atualização e na aquisição de novas tecnologias, em treinamento policial, em infraestrutura e, principalmente, em inteligência. Isso ajuda a explicar o progresso significativo em municípios fluminenses, a exemplo de Angra dos Reis, na Costa Verde, que registrou queda de 34,5% nas mortes violentas intencionais durante os primeiros cinco meses deste ano”, ressalta o governador Cláudio Castro.
É importante destacar que o Rio de Janeiro é, hoje, o estado que mais adquiriu câmeras corporais para as polícias - somente na Polícia Militar foram mais de 13 mil equipamentos instalados. Um investimento que também tem sido fundamental para otimizar o trabalho da Polícia Civil, que vem aumentando a capacidade investigativa das unidades com foco na elucidação de crimes e redução de índices criminais.
Crimes contra a vida em queda
Dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que as constantes quedas nos crimes contra a vida se repetem em 2024. A Letalidade Violenta, que abrange homicídio doloso (quando há a intenção de matar), lesão corporal seguida de morte, morte por intervenção de agente do Estado e roubo seguido de morte (latrocínio), registrou queda de 21% nos primeiros cinco meses deste ano e de 7% em maio, em comparação com os mesmos períodos de 2023. Ambas as estatísticas apontam para o menor número de vítimas desde 1991, quando foi iniciada a série histórica do ISP.
As reduções apresentadas também se estendem aos demais crimes contra a vida. Os homicídios dolosos apresentaram uma diminuição de 16% no acumulado de maio, sendo este o menor valor para o período em 34 anos, e de 14% no último mês.
Dados de Nova Friburgo
-
Morte por intervenção de agente do Estado: 2023: 1; 2022: 3; 2021: 5; 2020: 3.
-
Homicidio doloso: 2023: 22; 2022: 18; 2021: 17; 2020: 15.
-
Lesão corporal seguida de morte: 2023: 1; 2022: 1; 2018: 3; 2016: 1.
-
Latrocínio (roubo seguido de morte): 2021: 2; 2018: 1; 2016: 1; 2015: 1.
Deixe o seu comentário