Nos últimos anos, a discussão sobre saúde mental no ambiente corporativo tem ganhado cada vez mais espaço. Dados recentes revelam uma situação alarmante: em 2024, o Brasil registrou o maior número de afastamentos do trabalho por transtornos mentais em pelo menos dez anos. Foram 472.328 licenças médicas concedidas, um aumento de 68% em relação a 2023.
Desde a pandemia, esse total aumentou mais de 400%, saltando de 91,6 mil licenças em 2020 para 472 mil no último ano, segundo o Ministério da Previdência Social, sendo a ansiedade e a depressão os diagnósticos mais comuns. Esse cenário gerou um impacto superior a R$ 3 bilhões ao INSS, com cada afastamento durando, em média, três meses.
Globalmente, a situação não é diferente. Cerca de 12 bilhões de dias úteis são perdidos anualmente devido a transtornos mentais, representando uma perda global de US$ 1 trilhão por ano. Esse panorama evidencia a urgência de se criar ambientes de trabalho mais saudáveis e acolhedores.
No entanto, a felicidade no trabalho não deve ser encarada como um sentimento passageiro, mas como uma estratégia contínua de bem-estar capaz de impactar diretamente o desempenho e a retenção de talentos nas organizações. Programas focados no bem-estar mental e emocional, como o programa BeHappier, têm se destacado como soluções eficazes para melhorar a qualidade do ambiente de trabalho e aumentar os níveis de felicidade pessoal e profissional.
Ainda assim, é importante destacar que a felicidade não é um estado de bem-estar contínuo, como alerta Flávia da Veiga, diretora executiva da startup Behappier. A construção desse ambiente positivo exige ações estruturadas e sustentáveis, aliadas à promoção de habilidades essenciais para o profissional do futuro, conforme indicado pelo Fórum Econômico Mundial.
Investir em iniciativas voltadas ao bem-estar dos colaboradores não apenas reduz o número de afastamentos por questões de saúde mental, mas também fortalece a cultura organizacional e contribui para a criação de ambientes de trabalho mais produtivos e humanizados. A felicidade, quando bem trabalhada, pode ser um dos maiores diferenciais competitivos de uma empresa.
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