Queimadas causam 65 mil interrupções de energia no Brasil em 2024

Números representam alta de 38% em comparação com 2023
sexta-feira, 25 de julho de 2025
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Freepik)
(Foto: Freepik)
 A frequência e a intensidade dos eventos climáticos extremos, como longos períodos de estiagem, que observa-se neste período, impactam diretamente a infraestrutura das redes elétricas das cidades. Em 2024, o ano mais quente já registrado no planeta e que foi marcado por uma seca recorde em boa parte do Brasil, foram registradas mais de 65 mil ocorrências emergenciais de incêndios que atingiram a rede de distribuição de energia elétrica, provocando o desligamento do fornecimento de energia a clientes em todo o país. 

Nos últimos quatro anos, mais de 21 milhões de clientes tiveram a luz cortada por conta de incêndios, a maioria iniciados em vegetações
Esse número marca um aumento de 38% sobre o registrado em 2023. Naquele ano foram 47 mil casos de interrupções provocadas por fogo, a maioria em áreas de vegetação, cujas chamas atingiram as fiações elétricas. Em 2020, foram 26 mil casos, ou seja, em quatro anos o número de ocorrências mais do que triplicou. Os dados são de um levantamento feito pela Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) a partir de informações da Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel.Este ano, as queimadas ainda não tem acontecido em Nova Friburgo em grande quantidade, mas o Corpo de Bombeiros está em alerta.

O aumento das ocorrências reflete a frequência maior de eventos climáticos extremos, sobretudo as secas prolongadas registradas nos últimos anos. Agora, com a chegada do inverno e a volta da estação seca crescem os riscos para a rede elétrica. Tudo porque a baixa umidade oferece condições propícias às queimadas e a ação dos ventos em períodos de baixa umidade pode contribuir para propagar as chamas, agravando os riscos para linhas de distribuição e transmissão de energia.

No terceiro trimestre do ano passado, por exemplo, que marca o ápice da estação seca em grande parte do Brasil, de julho a setembro, foram registradas mais de 19 mil interrupções.

Períodos de seca aumentam riscos para a rede elétrica

“A cada ano estamos vendo no setor um aumento do número de casos de interrupções no fornecimento de energia causado por queimadas. Esse cenário mostra que o impacto dos eventos climáticos, como as secas prolongadas, têm crescido sobre o segmento de distribuição de energia e sobre a vida das pessoas”, diz Marcos Madureira, presidente da Abradee.

“A situação tende a se agravar com a estação seca, por isso é essencial que as pessoas tenham cuidado para não gerar focos de incêndio na vegetação, que não soltem balões, não façam fogueiras, não lancem pontas de cigarros acesas nas estradas e não usem o fogo para limpeza de terrenos. E sempre que identificarem focos de incêndio, liguem para os telefones do Corpo de Bombeiros (193) ou para a distribuidora de energia elétrica da sua região. Essas são medidas que fazem toda a diferença”, alerta Madureira.

De 2020 até o final de 2024, segundo o levantamento da Abradee, mais de 21 milhões de residências foram afetadas diretamente com o corte no fornecimento de energia elétrica causado pela ameaça do fogo à rede elétrica.

Tecnologia, prevenção e campanhas de alerta à população

Para prevenir as queimadas e reduzir os impactos do fogo, as distribuidoras de energia estão recorrendo à tecnologia para rastrear riscos de incêndio, com drones e helicópteros, sensores térmicos e monitoramento para identificar áreas de maior risco. Os recursos permitem encontrar ameaças antes mesmo que as equipes de bombeiros e Defesa Civil precisem atuar. É necessária a prevenção, com limpeza mais eficiente de faixas de domínio das redes elétricas, evitando que vegetação seca seja deixada como combustível para o fogo.

Parcerias com serviços de meteorologia e órgãos públicos, como o Corpo de Bombeiros, também são essenciais para auxiliar a identificar riscos e combater os focos de incêndio, permitindo respostas mais rápidas para prevenir e combater incêndios. (Fonte: FSB Comunicação

 

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