A expectativa para a segunda edição do Concurso Nacional Unificado (CNU), o chamado Enem dos Concurso, é grande. E não é para menos. Neste ano, o processo para seleção de pessoal para diversos órgãos da administração pública federal, terá mudanças significativas que impactam diretamente na preparação dos candidatos, especialmente no formato das provas, que agora serão aplicadas em duas datas, em outubro e dezembro.
Compreender esse novo modelo é fundamental para quem deseja concorrer a uma das 3.652 vagas em órgãos públicos federais, com salários iniciais que variam de R$ 4 mil a R$ 16,4 mil. As inscrições vão até o próximo domingo, 20. Diferentemente da primeira edição, que teve provas aplicadas em um único dia, o CNU 2025 será dividido em duas etapas eliminatórias:
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Uma prova objetiva, no dia 5 de outubro; e uma prova discursiva, marcada para 7 de dezembro, apenas para os aprovados na primeira fase.
A prova objetiva será aplicada simultaneamente em todo o país no dia 5 de outubro e contará com questões de múltipla escolha, com cinco alternativas cada. Ela será dividida em duas partes:
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Conhecimentos gerais: questões comuns a todos os candidatos (como língua portuguesa, raciocínio lógico e atualidades);
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Conhecimentos específicos: conforme o bloco temático escolhido no momento da inscrição.
O número de questões varia de acordo com o nível do cargo.
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Nível superior: 90 questões no total, sendo 30 de conhecimentos gerais e 60 de conhecimentos específicos;
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Nível intermediário (médio e técnico): 68 questões, sendo 20 de conhecimentos gerais e 48 específicas.
O tempo de prova também varia:
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Nível superior: cinco horas de duração, das 13h às 18h;
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Nível intermediário: três horas e meia de duração, das 13h às 16h30. A segunda etapa será a prova discursiva, marcada para o dia 7 de dezembro, e será aplicada apenas aos candidatos aprovados na primeira fase.
Nessa fase, os participantes serão avaliados de acordo com o nível de escolaridade exigido para o cargo pretendido.
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Nível superior: os candidatos deverão responder a duas questões discursivas, com duração de três horas (das 13h às 16h);
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Nível intermediário: os candidatos farão uma redação dissertativa-argumentativa, com duração de duas horas (das 13h às 15h).
Além de avaliar a capacidade de argumentação e o domínio do conteúdo, essa etapa será decisiva para a classificação final dos candidatos. Nesta edição, a seleção é regida por um único edital, o que facilita o acesso às informações. As vagas estão organizadas em nove blocos temáticos, que agrupam os cargos por áreas de atuação, como saúde, tecnologia, administração, justiça, entre outras.
Única inscrição
O candidato fará uma única inscrição e poderá escolher os blocos e cargos de sua preferência. A disputa pelas vagas ocorrerá dentro do bloco temático selecionado. As inscrições devem ser feitas por meio da página do candidato. Os interessados devem acessar o site da Fundação Getúlio Vargas (FGV) - www.portal.fgv.br -, banca organizadora do concurso. A taxa de inscrição é de R$ 70. Candidatos doadores de medula óssea em entidades reconhecidas pelo Ministério da Saúde, inscritos no CadÚnico, além de beneficiários do Prouni e Fies, podem solicitar isenção da taxa.
Política de cotas
A nova edição estabelece regras mais rigorosas para assegurar a reserva de vagas destinadas a pessoas negras, indígenas, com deficiência e a candidatos quilombolas. De acordo com o governo, a iniciativa reforça o compromisso com a promoção da equidade no acesso ao serviço público federal. Com isso, a distribuição das cotas ficou definida da seguinte maneira:
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25% para pessoas negras;
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3% para pessoas indígenas;
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2% para pessoas quilombolas;
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5% para pessoas com deficiência (PcD).
(Fonte: G1)
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