A Câmara dos Deputados aprovou, na última quinta-feira, 10, uma medida provisória (MP) que reajusta o salário-base dos militares das Forças Armadas. A proposta autoriza a concessão de um reajuste linear de 9% a todos os militares da ativa, da reserva e pensionistas.
O texto aprovado pelos deputados repete o teor de uma MP editada pelo Governo Federal em março deste ano. Em vigor desde então, a MP ainda precisa ser aprovada pelo plenário do Senado para se tornar uma lei definitiva.
O prazo de validade da MP se esgotará em agosto. Uma parte da atualização salarial dos militares já está valendo desde abril deste ano. Outra parcela (4,5%) será concedida em 1º de janeiro de 2026, caso a MP se torne lei.
O que muda
O reajuste impacta apenas o chamado "soldo", a remuneração básica de um militar. Além dessa parcela, os militares podem receber outros adicionais, o que, na prática, pode tornar o salário ainda maior. O salário mais baixo das Forças Armadas passará de R$ 1.078 para R$ 1.177. Patentes mais altas terão os vencimentos ampliados de R$ 13.471 para R$ 14.711.
Segundo o Governo Federal, em 2025, a medida vai custar R$ 3 bilhões aos cofres públicos. No próximo ano, o impacto será de R$ 5,3 bilhões. Ao todo, ainda de acordo com o Planalto, 740 mil pessoas serão beneficiadas pelo reajuste. O governo afirma que o reajuste faz parte de um acordo firmado com as Forças Armadas e segue os pactos firmados com outros servidores públicos, que também receberam reajuste de 9%.
O Planalto argumenta que a medida busca "mitigar" os efeitos da inflação dos últimos anos que levaram a uma "defasagem na remuneração dos militares e pensionistas".
Militares cobravam mais
Ao longo dos últimos meses, militares criticaram os percentuais propostos pelo Governo Federal e cobraram um reajuste ainda maior. Uma das propostas levadas à mesa de negociação com o Planalto previa um aumento de 18%.
Relator da medida provisória na comissão mista, o deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ) se reuniu com representantes do governo e do Ministério da Defesa para tentar elevar o reajuste.
(Fonte: G1)
Deixe o seu comentário