O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficou em 0,26% em maio. Em abril, a taxa havia atingido 0,43%. Os dados foram divulgados na terça-feira, 10, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em abril de 2024, a variação havia sido de 0,46%. Com o resultado, o acumulado do IPCA chegou a 5,32% nos últimos 12 meses e 2,75% em 2025.
O resultado mensal foi influenciado, principalmente, pelo avanço no grupo Habitação, que teve alta de 1,19%. O impacto se dá especialmente em razão do aumento do preço da energia elétrica, que passou de -0,08% em abril para 3,62% em maio. O aumento nas contas de luz foi percebido em razão da mudança da bandeira tarifária.
Após cinco meses de bandeira verde (sem cobrança adicional), as contas de luz passaram a ser tarifadas com a bandeira amarela em maio, com custo adicional de R$ 1,885 na tarifa de energia a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos. Em junho, haverá novo aumento nas contas com a adoção da bandeira vermelha patamar 1 (que acresce R$ 4,46 a cada 100 Kwh consumidos, conforme anunciado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Grupos
Principal responsável pela alta, o grupo Habitação avançou de 0,14% em abril para 1,19% em maio, com alta de 3,62% na energia elétrica residencial. Já o grupo Alimentação e Bebidas variou 0,17% em maio, frente a 0,82% em abril, menor variação mensal desde agosto de 2024, quando havia recuado 0,44%.
Contribuíram para esse resultado as quedas nos preços do tomate (-13,52%), do arroz (-4,00%), do ovo de galinha (-3,98%) e das frutas (-1,67%). No lado das altas destacam-se a batata-inglesa (10,34%), a cebola (10,28%), o café moído (4,59%) e as carnes (0,97%).
Por outro lado, a queda de 0,37% dos Transportes contribuiu para a desaceleração do IPCA de maio. Impactam nessa queda o recuo de 11,31% na passagem aérea e de 0,72% combustíveis. Todos os combustíveis pesquisados registraram recuos em maio: óleo diesel, etanol, gás veicular e gasolina.
Grupos do IPCA em maio
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Alimentação e bebidas: 0,17%
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Habitação: 1,19%
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Artigos de residência: -0,27%
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Vestuário: 0,41%
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Transportes: -0,37%
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Saúde e cuidados pessoais: 0,54%
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Despesas pessoais: 0,35%
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Educação: 0,05%
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Comunicação: 0,07%
Fonte: G1 e Veja
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