A Polícia Civil deflagrou, nesta terça-feira, 15, a Operação Hybris, que tem o objetivo de desarticular uma facção criminosa que atua em Sumidouro e estaria envolvida, segundo as investigações, em crimes de homicídios por disputa territorial. Pelo menos seis mandados de prisão foram cumpridos e drogas apreendidas durante a manhã. As incursões continuam. O nome da operação Hybris, deriva do grego e significa algo que já passou do limite.
De acordo com os agentes, os mandados de prisão e de busca e apreensão são cumpridos tanto na cidade de Sumidouro quanto em Nova Friburgo. A ação desta terça-feira partiu de investigações, já elucidadas, a respeito de assassinatos envolvendo duas facções criminosas que estão em conflito na região.
Além de agentes da 111ª DP (Sumidouro), a operação conta com apoio de agentes da 112ª DP (Carmo), 109ª DP (Sapucaia), 152ª DP (Duas Barras), 151ª DP (Nova Friburgo) e 158ª DP (Bom Jardim), policiais militares e guardas municipais de Teresópolis com cães farejadores.
Crimes contra crianças na internet
Também nesta terça-feira, a Polícia Civil deflagrou, através da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), a Operação Adolescência Segura, com vistas a impedir a ação de uma das maiores organizações criminosas do país voltadas à prática de crimes cibernéticos contra crianças e adolescentes. Até o início da tarde, dois suspeitos foram presos e três menores apreendidos. Entre os crimes apurados, estão tentativa de homicídio, induzimento e instigação ao suicídio, armazenamento e divulgação de pornografia infantil, maus-tratos a animais, apologia ao nazismo e crimes de ódio em geral.
As diligências continuam também no estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Goiás e Rio Grande do Sul e conta com o apoio da equipe CyberLab, da Secretaria Nacional de Segurança Pública. São cumpridos mandados de prisão temporária e de busca e apreensão, além de internação provisória de adolescentes infratores.
“Esta operação é resultado de uma investigação profunda que mostrou o envolvimento de pessoas de diversos estados do país na prática dos crimes. A Polícia Civil emprega toda a tecnologia e as ferramentas de inteligência possíveis para enfrentar os grupos criminosos”, ressalta o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi.
As investigações foram iniciadas em fevereiro, quando um morador de rua foi atacado na capital fluminense e teve 70% do seu corpo queimado por um adolescente que atirou coquetéis molotov, enquanto um homem filmava e transmitia a violência em tempo real em uma plataforma online.
A Operação Adolescência Segura representa um marco significativo no combate à criminalidade digital no Brasil e reafirma o compromisso da Polícia Civil com a proteção dos direitos fundamentais da infância e da juventude, conforme prevê o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). As investigações continuam para identificar os demais integrantes da organização criminosa.
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