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Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

        Estamos em ritmo de Carnaval e a pergunta na capa do Caderno Z – “Como será o futuro?” – me lembrou o samba da União da Ilha – “como será o amanhã, responda quem souber...”. Por mais que seja previsível, mamãe dizia: “O futuro guarda uma esperança”. E o “Z” nos lança uma questão: “Como será o Planeta no futuro?”. A resposta mais óbvia tem sido aquela com a qual nos confrontamos: — depende de como cuidaremos dele. Entretanto, tem muito mais para se desvendar do que pensamos não saber.

        A pergunta da criança – “Por que a luz do Sol não ilumina o espaço?” requer um pequeno entendimento de comparação: “Basta acender uma lâmpada em um local aberto e outra em uma sala pintada de branco. No espaço aberto, a lâmpada tem pouco alcance, enquanto, no ambiente fechado, ela ilumina todo o cômodo”. Em resumo: “O espaço, na maior parte sem atmosfera, não espalha luz onde só existe o vazio...”.

        Aprendemos desde a mais tenra infância que a Terra se movimenta em torno de si e do Sol, nos movimentos de rotação e translação. Coisa alguma está inerte, engessada no Universo. Porém, não estamos familiarizados com a ideia de Pangeia, “um supercontinente que se fragmentou há 230 milhões de anos e deu origem aos atuais continentes”. Se parece difícil entendermos essa fragmentação, imagina pensar que a “próxima Pangeia ocorrerá em 250 milhões de anos”. E tem mais: o movimento das placas tectônicas, assim como no passado longínquo, poderá promover outras mudanças continentais. Mesmo que sejam ainda especulações, tudo pode acontecer além milhões de anos.  Mamãe costumava dizer que as mudanças no Universo só ocorrem em milhões de anos e, mesmo que não estejamos mais aqui no plano terreno, que possamos presenciar esses espetáculos onde quer que estejam os nossos espíritos. Parabéns pelo tema do “Z”!

        O Sol que nos tem fatigado nessa temporada de altas temperaturas, é o mesmo que procuramos no inverno. É o mesmo gigante que está mais próximo de nós, daí a sua luz intensa.  E o “Z” ressalta: “Cada ser vivo neste mundo deve sua existência a essa anã amarela, com seus respeitáveis 4,6 bilhões de anos de idade...”.  Chega a ser poético e místico saber que somos regidos por esse astro-rei, na medida exata de sua luz e calor. Com um pouquinho mais, torraríamos; por um pouco menos, congelaríamos. São precisões fenomenais para a nossa contemplação, enquanto, muitas vezes, andamos atrás de um trevo de quatro folhas para sentir que temos sorte. Mas sorte é isso, um Universo repleto de belezas, de auroras (Boreal e Austral) ou, simplesmente, auroras de cada dia que nos conduzem aos mais lindos entardeceres.

        E Nova Friburgo merece ser amada e contemplada com as melhores intenções para ser não somente uma cidade turística, mas, acima de tudo, uma cidade abrangente para o seu povo. A ideia do pórtico na altura do bairro Theodoro, é louvável e abre caminho para mais desenvolvimento e sucesso. Outro mérito que a nossa cidade faz jus é ser a “Capital do Basquete Brasileiro”. Falando nisso, o querido Tony Ventura festeja mais uma “cesta” em sua gloriosa existência, nesta quarta-feira, 26 de fevereiro. Empresário de sucesso que, desde menino, tem paixão pelo basquete. Além de ter sido atleta, hoje é incentivador dos esportes. Seus 82 anos confirmam a sua jovialidade!      

        O carnaval promete! Haja cerveja, água mineral, serpentina e confete! Mas, coisa linda o Grêmio Recreativo Escola de Samba Mirim Sementes do Samba Friburguense! A escola lança no chão fértil de nossa cidade, um projeto criativo e ousado, abrindo possibilidades para as crianças e jovens crescerem no ambiente de socialização que se forma em torno do carnaval. E diz o samba enredo: “A vida é um baile que não pode parar / vem de mãos dadas, vem cirandar / de corpo e alma, comigo sonhar...”.  É com essa alegria que as sementes germinam, criando as novas gerações carnavalescas. Salve quem semeia o bem! Salve A VOZ DA SERRA que semeia saberes! Agora faltam 41 dias para o “7 de Abril” – a data essencial que virou “substantivo próprio e concreto”.

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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