Novo salário mínimo será R$ 1.509 a partir de janeiro

Aumento de 6,87% levou em conta a inflação oficial, segundo o governo
terça-feira, 19 de novembro de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Henrique Pinheiro)
(Foto: Henrique Pinheiro)

Com a aprovação do novo reajuste, o valor do salário mínimo no Brasil vai subir dos atuais R$ 1.412 para R$ 1.509 em 2025, trazendo impactos diretos para trabalhadores que recebem o piso nacional e indiretos para a economia. O valor do mínimo é atualizado anualmente pelo Governo Federal, levando em conta a inflação oficial e um aumento real relacionado ao crescimento econômico

O novo valor de R$ 1.509 corresponde a um aumento de 6,87% em relação ao piso atual. O reajuste, segundo o governo, tem o objetivo de melhorar o poder de compra dos trabalhadores e o bem-estar das famílias brasileiras. 

O salário mínimo é garantido pela Constituição Federal a todos os trabalhadores com carteira assinada, incluindo empregados domésticos, trabalhadores rurais e urbanos, além dos aposentados, pensionistas e beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que recebem o piso nacional. Também recebem o mínimo os beneficiários de auxílios sociais: como BPC (Benefício de Prestação Continuada).

O novo mínimo entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2025. Isso significa que, para quem trabalha com carteira assinada, o primeiro pagamento do salário atualizado será recebido no início de fevereiro, correspondente aos dias trabalhados em janeiro. Já para os aposentados e pensionistas do INSS, o pagamento do novo valor será realizado no calendário de janeiro, normalmente distribuído nas duas últimas semanas do mês.

Para os trabalhadores formais, o reajuste salarial é automático e feito pelo empregador, que deve adaptar o valor mensal pago ao novo piso nacional a partir de janeiro de 2025. Já para os beneficiários do INSS, o pagamento é realizado diretamente pelo órgão, também de forma automática, nas contas registradas dos aposentados e pensionistas. 

Para quem recebe benefícios sociais vinculados ao salário mínimo, como o BPC, o valor também será reajustado automaticamente, sem necessidade de recadastramento. No entanto, é importante que os dados cadastrais estejam atualizados no Cadastro Único (CadÚnico) para que não ocorra interrupção do pagamento.

Impactos do novo mínimo  

Segundo o Governo Federal, o reajuste para R$ 1.509 trará benefícios práticos para os brasileiros que dependem do salário mínimo para cobrir despesas essenciais, como alimentação, transporte, saúde e educação. Veja alguns dos impactos esperados:

Alimentação: Com o aumento, espera-se que as famílias brasileiras tenham uma dieta mais equilibrada, adquirindo uma variedade maior de alimentos de qualidade.

Transporte: Com maior renda, os trabalhadores podem arcar com despesas de transporte, essenciais para o deslocamento diário ao trabalho e outras necessidades.

Saúde: O aumento do salário mínimo facilita o acesso a medicamentos e consultas, que muitas vezes pesam no orçamento familiar.

Educação: O reajuste permite maior investimento em materiais escolares e cursos extras, fortalecendo a formação educacional dos filhos.

O reajuste do salário mínimo não garante automaticamente um aumento para quem ganha acima desse valor. No entanto, alguns setores podem oferecer aumentos com base em acordos coletivos ou convenções sindicais, que são negociados entre empregadores e sindicatos para ajustar salários, benefícios e condições de trabalho. 

Demais setores 

Empregados do setor privado que recebem mais do que o salário mínimo devem observar as negociações sindicais, pois muitos acordos coletivos utilizam o índice de reajuste do salário mínimo como referência. Porém, o reajuste para esses trabalhadores depende da negociação com a empresa e não é garantido por lei.

Já no setor público, os aumentos salariais acima do salário mínimo podem ser discutidos em projetos específicos ou orçamentos estaduais e municipais. Em alguns casos, categorias de servidores públicos podem receber ajustes com base em leis ou decisões do governo.

Histórico dos últimos dez anos 

  • 2024: R$ 1.412

  • 2023: R$ 1.320

  • 2022: R$ 1.212

  • 2021: R$ 1.100

  • 2020: R$ 1.039

  • 2019: R$ 998

  • 2018: R$ 954

  • 2017: R$ 937

  • 2016: R$ 880

  • 2015: R$ 788

  • 2014: R$ 724

Fonte: Nord Investimentos 

 

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