Escolas brasileiras relatam problemas com bullying

Em Nova Friburgo, o valor da parceria entre família e escola
sábado, 19 de outubro de 2024
por Ana Borges
(Foto: Arquivo pessoal)
(Foto: Arquivo pessoal)

Cerca de 38% das escolas brasileiras dizem enfrentar problemas de bullying, segundo dados do 17º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, levantamento realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. As informações foram divulgadas em agosto deste ano.

Mais de 28 mil escolas disseram ter registrado casos de bullying como ameaças ou ofensas verbais. Esse número equivale a 37,8%, com respostas de mais de 74 mil escolas ouvidas pela pesquisa

Os dados são referentes a 2021, durante a pandemia da covid-19, quando boa parte das escolas ainda não funcionava 100% presencial. Os questionários foram respondidos pelas unidades que realizaram o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica).

Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul lideram. Esses foram os estados com maiores índices de escolas que registraram ocorrências de bullying.

Em SP, 347 escolas afirmaram ter registrado “várias vezes” ameaças ou ofensas verbais na unidade. Os diretores das unidades que confirmaram casos de bullying precisavam responder, na sequência, se haviam acontecido “poucas vezes” ou “várias vezes”.

“O bullying é mencionado como uma das causas ligadas ao discurso de ódio, então esse é um dado importante para ficarmos atentos. Por outro lado, os dados nos mostram que 70% das escolas afirmam que têm projetos de combate ao bullying”, disse Cauê Martins, pesquisador do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. 

(Fonte: abraceprogramaspreventivos)

Em Nova Friburgo

A psicopedagoga Sônia das Graças Frossard — pós-graduada pela Ucam/NF — trabalha há 28 anos na rede municipal do município. Atualmente, leciona em uma turma de 4º ano, na escola Bernardo Pacheco, situada no loteamento Santa Bernadete, em São Geraldo.

“O bullying, infelizmente, é uma realidade que ainda faz parte de uma boa parte das escolas. Umas com mais incidência e outras menos. Na escola em que leciono, atualmente não há casos extremos, pois são crianças menores. Porém, já aconteceram episódios em que a situação começava na escola e se estendia para as ruas, havendo ameaças, brigas e xingamentos. Nessas ocasiões, os responsáveis dos envolvidos eram comunicados, pois o trabalho sobre bullying e sua prevenção é permanente em nossa unidade e, entendemos que precisa ser combatido por todos que se relacionam com os envolvidos.

Dentro da nossa rotina de trabalho, projetos e planejamentos, são realizadas conversas, palestras, exibição de vídeos que abordem o tema e envolvam toda a comunidade escolar, pois acreditamos na parceria Família x Escola. É importante que família e escola sejam parceiras, observando, atentamente, situações que ocorrem no cotidiano das crianças, estando sempre atentas a mudanças de comportamento e a brincadeiras que possam resultar em críticas e desordem.”

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