O Governo Federal decidiu acionar a bandeira vermelha - patamar 2 - nas contas de luz diante do cenário de agravamento da estiagem no país e redução no nível dos reservatórios. Com isso, as contas serão acrescidas da a tarifa extra de R$ 7,88 a cada 100 quilowatt-hora (kWh) consumidos, a partir de 1º de setembro de 2024. O acionamento de usinas termelétricas geram eletricidade a um custo bem mais alto.
O consumo médio em uma casa brasileira na zona urbana é de aproximadamente 150 kWh a 200 kWh (sem ar-condicionado). O acionamento das bandeiras amarela ou vermelha patamar 1 e 2 pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aponta para um cenário de geração de energia mais cara.
Com a seca na região Norte do Brasil, usinas hidrelétricas importantes estão gerando menos energia. Nos horários de pico de consumo e baixa geração de energia renovável, no início da noite, é necessário acionar usinas termelétricas – que são mais caras.
A última vez que o governo acionou a bandeira vermelha foi em agosto de 2021, durante a crise hídrica. Em setembro do mesmo ano, a Aneel criou a bandeira "escassez hídrica" — a mais cara de todas -— para atender ao sistema elétrico nacional em situação severa de seca, que afetou a geração de energia pelas hidrelétricas.
A bandeira "escassez hídrica" ficou em vigor até abril de 2022, quando a Aneel acionou a bandeira verde, sem cobrança adicional na conta de luz.
Vermelha atualizada
Em março, a Aneel aprovou redução de até 37% nos valores das bandeiras tarifárias. Com o ajuste, os preços ficaram assim: bandeira verde (condições favoráveis de geração de energia) – sem custo extra; bandeira amarela (condições menos favoráveis) – redução de 37% em relação ao valor anterior. A tarifa será de R$ 18,85 por MWh (megawatt-hora) utilizado; ou R$ 1,88 a cada 100kWh.
Já a bandeira vermelha patamar 1 (condições desfavoráveis) – redução de 31% em relação ao valor anterior. A tarifa será de R$ 44,63 por MWh utilizado; ou R$ 4,46 a cada 100 kWh. E a bandeira vermelha patamar 2 (condições muito desfavoráveis) – redução de 20% em relação ao valor anterior. A tarifa será de R$ 78,77 por MWh utilizado; ou R$ 7,87 a cada kWh. Na época, a Aneel justificou que as condições dos reservatórios permitiam essa adequação nos preços das bandeiras.
(Fonte: g1.globo.com)
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