No último sábado, 24, o fenômeno do Sol Vermelho chamou atenção de moradores de diversas cidades brasileiras. Este espetáculo visual, embora impressionante, é na verdade um indicador preocupante das condições atmosféricas e ambientais que o país enfrenta atualmente. A coloração mais intensa do sol não é apenas um capricho da natureza, mas sim o resultado direto da presença de gases e partículas provenientes de queimadas que vem acontecendo em várias regiões do Brasil, inclusive em Nova Friburgo, que nos últimos dias enfrentou uma série de queimadas que devastaram diversas áreas de vegetação no município.
De acordo com especialistas, a coloração do Sol é o indicativo de quanto a atmosfera está poluída. Quanto mais poluído o ar, mas vermelho é o tom do Sol. Outros fatores que podem alterar a coloração são as condições meteorológicas e a falta de chuvas. Quanto mais baixo está o sol no horizonte, mas é percebida a mudança da coloração, já que se potencializa o efeito no reflexo das partículas.
De acordo com dados disponibilizados pelo Corpo de Bombeiro Militar do Estado do Rio de Janeiro, só nos oito primeiros meses deste ano, a corporação já atendeu 6.178 ocorrências a mais do que no mesmo período do ano passado.
Além dos impactos para o meio ambiente, a fumaça intensa e a neblina causada pelas queimadas podem trazer efeitos negativos para a saúde da população que vive nas cidades afetadas e nas regiões próximas. Pessoas que tiverem contato próximo com a fumaça podem ter sintomas como falta de ar, tosse, chiado no e peito, em casos mais graves é possível desenvolver quadro de pneumonia.
Recomendações do Ministério da Saúde
- Aumentar a ingestão de água e líquidos, como medida para manter as membranas respiratórias úmidas, e assim, mais protegidas;
- •Reduzir ao máximo tempo de exposição, recomendando-se que se permaneça dentro de casa, em local ventilado, com ar condicionado ou purificadores de ar;
- •Uso de máscaras do tipo “cirúrgicas”, pano, lenços ou bandanas podem reduzir a exposição às partículas grossas, especialmente para população que reside próxima à fonte de emissão (focos de queimadas).
- *Evitar atividade físicas em locais abertos, principalmente das 12h às 16h, quando as concentrações de ozônio são mais intensas.
Pessoas com problemas cardíacos, respiratórios, imunológicos, entre outros devem:*
- Buscar atendimento médico para atualizar seu plano de tratamento;
- Manter medicamentos e itens prescritos pelo profissional médico disponíveis para o caso de crises agudas;
- Buscar atendimento médico na ocorrência de sintomas de crises;
- Avaliar a necessidade e segurança de sair temporariamente da área impactada pela sazonalidade das queimadas.
Deixe o seu comentário