A Secretaria estadual de Saúde (SES-RJ) iniciou a campanha “Atualizaê!”, que convoca pacientes da rede pública de saúde a atualizarem seus dados no Cadastro Nacional de Usuários do Sistema Único de Saúde (SUS). O foco é corrigir informações de contato, principalmente telefones, para facilitar a comunicação sobre agendamentos de consultas, exames e cirurgias usado pelo Sistema Estadual de Regulação (SER).
Segundo levantamento do Complexo Estadual de Regulação, mais de 102 mil cadastros estão com dados incorretos ou desatualizados, o que dificulta o contato com pacientes e compromete o acesso aos serviços de saúde.
“Este trabalho é essencial para que possamos agilizar o atendimento, diminuir as faltas e otimizar o acesso aos procedimentos. Nosso objetivo é garantir que nenhum paciente fique sem resposta por falta de informação correta”, afirmou a secretária estadual de Saúde, Claudia Mello.
A atualização dos dados é uma atribuição municipal. Aqueles que estão aguardando por procedimentos, consultas e cirurgias, devem ir às unidades básicas de saúde, hospitais ou nas secretarias municipais de Saúde. O paciente deve levar documento com CPF ou o Cartão Nacional de Saúde (CNS).
Dados incorretos
De acordo com a superintendente de Regulação Médica do estado, Kitty Crawford, a campanha é uma resposta ao alto índice de registros incompletos. O fluxo do SER começa com o cadastro do paciente pelas unidades de origem, como clínicas e hospitais. O Estado organiza os agendamentos nas vagas ofertadas pelas unidades executantes (estaduais, federais ou universitárias). Quando há disponibilidade, o Complexo de Regulação informa a unidade solicitante sobre a data e o horário do atendimento.
“Temos muitos telefones cadastrados de forma errada. Estamos convocando quem aguarda por procedimentos e nunca foi contatado para procurar sua unidade de origem e confirmar se os dados estão corretos. A desatualização compromete diretamente o acesso aos serviços”, frisa a superintendente.
Além da campanha, a SES-RJ promove capacitações contínuas para aprimorar o processo de regulação. Ainda assim, 36% dos pacientes agendados para 2025 não compareceram às consultas, exames ou cirurgias. “O paciente que falta precisa ser reinserido no SER, o que atrasa o atendimento de outros e sobrecarrega a rede”, completou Kitty.
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