Dengue: nova vacina chega ao Brasil na próxima semana

Imunizante foi aprovado pela Anvisa em março, mas só estará disponível inicialmente em clínicas particulares
sexta-feira, 23 de junho de 2023
por Christiane Coelho (Especial para A VOZ DA SERRA)
(Foto: Pexels)
(Foto: Pexels)

A partir da próxima semana, a nova vacina contra a dengue, a Qdenga, da empresa Takeda Pharma Ltda., deve chegar ao Brasil, de acordo com a  Associação Brasileira de Clínicas de Vacinas (ABCVAC). Mas só estará disponível, inicialmente, em clínicas particulares, com preço entre R$ 350 e R$ 500 para o consumidor final, dependendo do estado.

Composta por quatro diferentes sorotipos do vírus causador da doença, foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março. De acordo com a infectologista Danyelle Souza, quem puder pagar, vale à pena tomar a vacina. “O imunizante demonstrou eficácia de cerca de 80%, com redução de dengue grave, internação e óbitos”, explicou ela.

A Qdenga, é a primeira dose aprovada no Brasil para um público mais amplo, já que o imunizante aprovado anteriormente, a Dengvaxia, só pode ser utilizado por quem já teve dengue. 

“A vacina nova que está chegando agora ao mercado possui atividade para os quatro sorotipos de dengue circulantes no Brasil. A grande vantagem desta vacina é que pode ser utilizada tanto para quem já teve dengue, quanto para quem nunca apresentou a doença, mas vale ressaltar que as pessoas geralmente desenvolvem a imunidade soroespecífica. Por exemplo, se você teve doença pelo Den1 pode ter novamente para os outros sorotipos. Outra vantagem que esta nova vacina foi liberada para crianças a partir de 4 anos e adultos até 60 anos”,esclareceu Danyelle.

A nova vacina estará disponível para administração via subcutânea em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações.

Nova Friburgo já tem o mesmo número de casos do ano passado

De acordo com a prefeitura, neste ano Nova Friburgo já contabilizou 97 casos de dengue. É exatamente o mesmo número de casos da doença registrados durante todo o ano de 2022. E, para quem não pode pagar pela vacina, a melhor forma de prevenção é eliminando o meio onde o mosquito transmissor Aedes aegypti pode se desenvolver, ou seja, não deixando água acumulada em casa, quintais e ambiente de trabalho. 

Com ações simples e fáceis de serem executadas, pode-se evitar o acúmulo de água. A orientação dos agentes de combate a endemias é que a população verifique periodicamente se a caixa d'água está fechada e bem vedada; deixar as lixeiras tampadas; colocar areia nos pratos dos vasos de plantas; recolher e acondicionar o lixo do quintal; limpar as calhas; cobrir piscinas; tapar os ralos e baixar as tampas dos vasos sanitários; limpar a bandeja externa da geladeira, limpar com esponja as vasilhas dos animais de estimação e trocar a água com frequência.

De acordo com a Prefeitura de Nova Friburgo, o bairro Olaria e o distrito de Conselheiro Paulino e adjacências, os mais populosos, também  são os locais com maior número de criadouros do Aedes aegypti. Em nota, a prefeitura informou que “a Subsecretaria de Vigilância em Saúde observa que o vetor está pouco circulante no município, o que pode ser relacionado ao trabalho de combate realizado pela equipe de combate às endemias” nos últimos meses. 

Mutirão no Alto do Floresta

Neste sábado, 24, a prefeitura vai realizar mais uma ação ‘’Saúde Presente’’, com mutirão de prevenção aos agravos provenientes das arboviroses, como a dengue, chikungunya e zika, no loteamento Alto do Floresta, distrito de Conselheiro Paulino.

Serão 20 agentes de endemias presentes na localidade das 9h às 14h, promovendo a conscientização e a fiscalização dos possíveis focos de proliferação do mosquito Aedes aegypti, que transmite as três doenças.

De acordo com a prefeitura, neste ano, foram promovidos outros mutirões em fins de semana: na Granja Spinelli e Fazenda da Laje, além das campanhas e vistorias feitas regularmente durante as semanas.

Independente de qualquer estação do ano, é preciso realizar o monitoramento para evitar a proliferação do mosquito transmissor da dengue. “Apesar do Aedes aegypti se reproduzir e se desenvolver melhor em temperaturas elevadas e em épocas de chuvas, ele pode ser transmissor do vírus da dengue durante todo ano, inclusive em dias frios como os atuais”, alerta a infectologista Danyelle Souza 

Publicidade
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Publicidade
Publicidade
Publicidade

Apoie o jornalismo de qualidade

Há 79 anos A VOZ DA SERRA se dedica a buscar e entregar a seus leitores informações atualizadas e confiáveis, ajudando a escrever, dia após dia, a história de Nova Friburgo e região. Por sua alta credibilidade, incansável modernização e independência editorial, A VOZ DA SERRA consagrou-se como incontestável fonte de consulta para historiadores e pesquisadores do cotidiano de nossa cidade, tornando-se referência de jornalismo no interior fluminense, um dos veículos mais respeitados da Região Serrana e líder de mercado.

Assinando A VOZ DA SERRA, você não apenas tem acesso a conteúdo de qualidade, mantendo-se bem informado através de nossas páginas, site e mídias sociais, como ajuda a construir e dar continuidade a essa história.

Assine A Voz da Serra

TAGS: