A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, na semana passada, a primeira importação por pessoa física de cannabis in natura produzida no Uruguai. O texto considera os requisitos definidos pela resolução RDC 660, de 30 de março de 2022, e libera a importação de produtos conforme prescrição de profissional legalmente habilitado.
Segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Cannabis (Abicann), a cannabis medicinal pode impactar tratamentos e pesquisas clínicas em dezenas de especialidades médicas e beneficiar mais de 18 milhões de brasileiros. Até o momento, estima-se que apenas 50 mil brasileiros tenham acesso ao produto. O paciente que conseguiu a autorização é um homem de 61 anos, de Curitiba (PR), e utiliza a cannabis para tratar glaucoma, uma doença ocular causada principalmente pela elevação da pressão intraocular.
Com validade de dois anos a partir de sua publicação, a medida cita a planta produzida pela Pucmed, empresa uruguaia licenciada e autorizada pelo Ministério de Agricultura (MGAP) e o IRCCA a cultivar, comercializar e exportar cânhamo industrial e cannabis medicinal. “A partir desta intermediação, estima-se um faturamento de mais de 600 mil dólares por ano para o setor, com previsão de aumento exponencial”, comenta o CEO da Pucmed, dr. Alfonso Cardozo.
Toda a consultoria e receituários aprovados no documento foram feitos com intermediação da Anna Medicina Endocannabinoide, primeira startup brasileira a inaugurar um espaço físico sobre o tema no país. “Nosso propósito é desmistificar o acesso e o uso da cannabis medicinal, promovendo qualidade de vida, bem-estar e segurança para os pacientes”, diz a CEO e co-fundadora da Anna, Kathleen Fornari.
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