Iniciativas para o desenvolvimento do Centro-Norte e do Estado do Rio

Resiliência e flexibilidade tornaram-se habilidades-chave para trabalhadores e empresas neste mundo em constante e rápida mudança
terça-feira, 18 de outubro de 2022
por Márcia Carestiato Sancho*
Márcia Carestiato Sancho (Foto: Carlos Mafort)
Márcia Carestiato Sancho (Foto: Carlos Mafort)

Depois de dois longos anos e com sinais cada vez mais evidentes de que está próxima do fim, a pandemia da Covid-19 transformou definitivamente nosso modo de viver. Um novo paradigma foi estabelecido para a sociedade, governos e empresas. Mudanças esperadas para muitos anos à frente foram aceleradas. Por necessidade, as empresas intensificaram os investimentos na transformação digital, transportando para o mundo online o trabalho e o relacionamento com clientes e fornecedores. Resiliência e flexibilidade tornaram-se habilidades-chave para trabalhadores e empresas neste mundo em constante e rápida mudança. Todos esses elementos fazem deste um momento único, num contexto que não poderia ser mais desafiador e, ao mesmo tempo, adequado: diante de tantas mudanças sociais e econômicas em escala global, é primordial para o nosso país e, especialmente, o Estado do Rio, avançar em reformas e em ações que permitam estabelecer uma rota de crescimento sustentado, baseado na elevação da produtividade.  

Foi a partir dessas premissas que a Federação das Indústrias do Estado do Rio, a Firjan. criou o Grupo de Trabalho de Política Industrial, composto por industriais fluminenses de diversos setores e regiões. Do trabalho desse grupo foi construída a agenda ‘Propostas Firjan para um Brasil 4.0’, documento que na sua versão nível estadual traz um conjunto de sugestões para alavancar a indústria fluminense e promover o crescimento econômico do Estado do Rio. 

A agenda foi entregue a todos os candidatos ao Governo do Estado, numa iniciativa da Firjan de contribuir de forma propositiva para a melhoria do ambiente de negócios, o fortalecimento da indústria e a retomada do crescimento econômico do Rio e do Brasil.  

A otimização do processo produtivo por meio da aplicação de soluções inovadoras e de novas tecnologias, desempenhadas por trabalhadores qualificados e eficientes, nunca foi tão primordial. A competitividade das empresas está diretamente atrelada ao que os economistas denominam produtividade total dos fatores, ou seja, ao nível de produtividade do trabalhador e de eficiência de utilização do capital para produção de bens e serviços. No mundo todo, o bom desempenho das economias mais fortes está intrinsecamente relacionado à elevada competitividade empresarial. O aumento da produtividade, portanto, é condição essencial para o crescimento econômico.  

Vale lembrar que a produtividade dos fatores das empresas requer que os governos ofereçam um ambiente de negócios favorável, que propicie trabalhadores qualificados, carga tributária competitiva, segurança institucional e jurídica, fomento à inovação, sustentabilidade fiscal e socioambiental, infraestrutura. 

Neste sentido, no Centro-Norte precisamos garantir um ambiente de negócios mais favorável e seguro, especialmente aos micro e pequenos empresários, através da criação de um Fundo Garantidor da Indústria Fluminense e ampliação de acesso ao crédito pelo BNDES;  do fomento aos setores estratégicos de modo a fortalecer a competitividade industrial e reduzir o risco da dependência em relação às longas cadeias globais, em particular a agroindústria e os responsáveis por insumos-base da produção industrial do estado. 

Além disso, é importante reforçar a inclusão de melhorias em rodovias estratégicas para a logística de nossa produção, fundamentais para a competitividade de nossas indústrias. Essa é apenas uma pequena parte da contribuição da Firjan, elaborada pelo empresariado fluminense para elevar a produtividade da economia do estado. A Indústria 4.0 precisa de um Rio de Janeiro 4.0. 

*Márcia Carestiato Sancho, presidente da representação regional da Firjan no  Centro-Norte Fluminense

 

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