Para 2022 são esperados mais de 20 milhões de casos novos de cânceres no mundo com, provavelmente, cerca de 10 milhões de óbitos. De acordo com algumas estimativas atuais, uma a cada quatro pessoas terá algum tipo de câncer ao longo da vida, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Nos Estados Unidos, as chances de uma mulher ter câncer de mama é de uma a cada oito. No caso de câncer de próstata, a situação não é muito diferente, um em cada nove homens irá desenvolver essa doença ao longo da vida.
Os cânceres que mais acometem a humanidade são, em primeiro lugar, o de pele, seguido pelo de mama e, posteriormente, o de pulmão. Os principais fatores de risco têm a ver com os hábitos de vida e, fundamentalmente, com o processo de envelhecimento.
“Quanto mais envelhecemos, mais chances de termos câncer. Além disso, fatores genéticos e aspectos ambientais como tabagismo, poluição, exposição a outros agentes cancerígenos com radiação podem elevar esse risco", comentou o médico oncologista Wesley Pereira Andrade*.
De acordo com ele, para o câncer de mama, como outro exemplo, entra nessa conta também os fatores hormonais e reprodutivos da mulher como, por exemplo, a menarca (idade da primeira menstruação) precoce, menopausa tardia, não ter tido gravidez, não ter amamentado, entre outros.
Modernamente, a obesidade está associada como uma das causas principais de câncer da atualidade, uma vez que causa uma inflamação sistêmica, o que aumenta muito o processo replicativo celular e favorece o surgimento de vários tipos de câncer.
As infecções também representam um papel importante, principalmente as provocadas pelo papilomavírus (HPV) e se correlaciona com os cânceres de colo de útero, vagina, vulva, região perianal, câncer de pênis e câncer de cabeça e pescoço (câncer de orofaringe).
De acordo com o oncologista, mudar nosso estilo de vida pode reduzir bastante as chances de um câncer futuro. Parar de fumar (o tabagismo é responsável por 15% dos tipos de câncer), reduzir/parar com o consumo de álcool, praticar atividades físicas, vacinar contra o HPV, combater a obesidade e evitar a exposição solar, são hábitos que reduzem direta ou indiretamente o desenvolvimento da doença.
“A imensa maioria dos cânceres pode ser tratada e curada, principalmente quando é descoberta na fase inicial. A chave da cura está no diagnóstico precoce”, concluiu o especialista.
*Wesley Pereira Andrade é mestre e doutor em oncologia, médico titular da Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SMCO) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO).
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