Considerada um símbolo da gastronomia na Itália, a pizza ganhou amantes por todo o mundo e até tem um dia para chamar de seu, celebrado anualmente em 10 de julho. Em decorrência de sua tradição italiana, a Unesco elegeu em dezembro de 2017 a "Arte dos Pizzaiolos Napolitanos" como Patrimônio Imaterial da Humanidade. O alimento também é frequente nas mesas dos brasileiros, além de ter ganhado diversos formatos e tipos.
Segundo pesquisa realizada pela Associação Pizzarias Unidas do Brasil, na média nacional, a pizza de calabresa é a principal paixão no país, seguida pela portuguesa e frango com catupiry. Conheça algumas curiosidades:
Dia Mundial da Pizza
A data é comemorada no dia 10 de julho desde 1889, quando o rei Umberto I e a rainha Margherita provaram uma pizza pela primeira vez. A receita realizada por Rafaelle Esposito, em Nápoles, na Itália, no século XIX, foi recheada com ingredientes que remetiam às cores da bandeira italiana: mussarela (branco), tomate (vermelho) e manjericão (verde), dando origem à pizza Margherita.
Fonte de Felicidade
Em 2019, uma pesquisa realizada por ocasião do "Dia Internacional da Felicidade", celebrado no dia 20 de março, revelou que a pizza é uma das maiores fontes de felicidade para os italianos. De acordo com 42% dos italianos, o alimento é o prato que mais deixa as pessoas alegres, informou o estudo feito pela Deliveroo.
Brasileira x Italiana
Vinda junto com os imigrantes italianos, a pizza italiana sofreu algumas adaptações para conquistar os brasileiros. Com massa grossa, fina, bordas recheadas ou não, a pizza consumida no Brasil tem os sabores e formatos mais diversos, podendo ser a tradicional, de metro e até de panela de pressão. Cada pizzaria tem seu segredo e sua receita, incluindo no cardápio variedades gourmet e pizzas doces. Já a pizza napolitana é mais fina, com borda menos crocante e simples. Além disso, é menor, sendo uma excelente opção para ser comida individualmente. Geralmente, há menos recheio para que os sabores de cada ingrediente sejam explorados ao máximo. Além da margherita, as receitas mais servidas na Itália são:
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Marinara: é temperada apenas com molho de tomate, alho, orégano e azeite de oliva;
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Diavola: base com ingredientes da margherita com salame picante (ou pepperoni);
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Prosciutto e funghi champignon: molho de tomate e queijo muçarela permanecem como base, mas são cobertos com fatias de presunto e cogumelos;
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Stagioni: esta pizza é dividida em quatro partes, com quatro ingredientes diferentes (cogumelos, presunto, alcachofra e azeitonas pretas), mantendo a base com molho de tomate e mussarela;
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Boscaiola: mussarela, cogumelos e linguiça;
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Mare e monti: molho de tomate, mussarela, cogumelos, camarões, alho e salsinha.
EUA
Além de Itália e Brasil, a paixão pela pizza também atinge os Estados Unidos e, em junho de 2017, foram os norte-americanos que "roubaram" dos napolitanos o título de "maior pizza do mundo". Com 2,13 km de extensão, os pizzaiolos da cidade de Fontana, na Califórnia, bateram os 1,8 km criados em Nápoles em 2016.
Pizza gigante
Um grupo de 30 pizzaiolos napolitanos preparou ao vivo uma pizza de 500m de comprimento dentro do complexo Fico Eataly World, em Bolonha, na Itália. Ao todo, ela tinha 100m dedicados à clássica margherita e 20m para cada recheio tradicional das 20 regiões da Itália.
Polêmica forno
O uso de forno elétrico para produzir pizza na Itália provocou polêmica e gerou reação da Associação de Pizzaiolos Napolitanos, que alertaram que o reconhecimento da "Arte dos Pizzaiolos" como Patrimônio Imaterial da Humanidade da Unesco pode estar em risco. (Com informações do portal Uol)
No Brasil, reduto é São Paulo
Não é só mais um prato calórico. É um prato calórico cheio de queijo quente, molho de tomate e mais todas as delícias que você possa imaginar por cima. Existe pizza até de strogonoff. Diferente do que se costuma pensar, não foram os italianos os precursores, mas os egípcios, há mais de cinco mil anos. Outros, ainda, afirmam que tenham sido os gregos os primeiros a fazer a massa à base de farinha, arroz ou grão de bico, conhecida como pão de Abraão. Seja lá como for, a novidade foi parar em Etrúria, na Itália, e de lá para o mundo.
Porém, foram os italianos que passaram a rechear a massa com tomate, queijo, toucinho e peixes fritos, que eram os ingredientes mais baratos na época, e, portanto, os mais acessíveis para a parte mais pobre da população. Por isso a fama indiscutível dos italianos quando o assunto é a redondinha. Aliás, ela não tinha esse formato como conhecemos hoje, mas a forma de um sanduíche — o famoso calzone.
No Brasil, o reduto da pizza é São Paulo, principalmente pela quantidade de colônias de imigrantes italianos que se instalaram por lá, em sua maior parte no Brás. Lá foram comercializadas as primeiras pizzas no país. A cidade do Rio é a segunda que mais consome pizza no Brasil — São Paulo, a campeã, é inclusive a segunda mais comilona no mundo, perdendo apenas para Nova York. E foi em Sampa que surgiu a expressão “acabar em pizza”. Conta-se que, na década de 1960, alguns conselheiros palmeirenses se reuniram para resolver problemas que haviam gerado uma crise para o clube. Após 14 horas de discussões, os dirigentes resolveram ir a uma pizzaria. Várias rodadas de chopp, várias garrafas de vinho e 18 pizzas gigantes depois, tudo ficou em paz. O jornalista Milton Peruzzi, da Gazeta Esportiva e setorista do Palmeiras, acompanhou o encontro e ditou a seguinte manchete no jornal do dia seguinte: "Crise do Palmeiras termina em pizza". Aí, a expressão pegou, usada principalmente para se referir às crises políticas no Brasil.
O sabor mais tradicional é a marguerita — molho de tomate, manjericão e queijo —, formando as cores da bandeira da Itália. Friburgo também tem a sua tradição pizzaiola, com várias opções de pizzas deliciosas! Neste inverno então… cai muito bem com uma boa taça de vinho!
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