A elaboração de uma linha de crédito adequada às necessidades do setor de moda íntima de Nova Friburgo teve sua primeira etapa na última quarta-feira, 24, em reunião online da Agência de Fomento do Estado do Rio (AgeRio) com representantes do Sindicato das Indústrias do Vestuário de Nova Friburgo (Sindvest), da representação regional da Federação das Indústrias do Estado (Firjan) no Centro-Norte, da regional serrana do Sebrae, Secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico e Relações Internacionais e da Prefeitura de Nova Friburgo, além de empresários locais. Os participantes destacaram os pontos iniciais que deverão ser alinhados entre a AgeRio e os setores interessados.
O presidente da AgeRio, André Luiz Vila Verde, destacou a importância do trabalho que tem sido feito desde fevereiro, quando foi lançado o projeto de mapeamento de Arranjos Produtivos Locais (APLs) para entender as reais necessidades dos microempreendedores e das empresas no geral. Segundo ele, uma das linhas possui taxa de 3% ao ano, um ano de carência e um período de 12 meses para pagar.
Marcelo Porto, presidente do Sindvest, ressaltou que a economia não pode parar, mesmo no momento da pandemia e que os empresários têm se mostrado comprometidos com as medidas de prevenção ao coronavírus: “O APL de Nova Friburgo é bem estruturado e o sindicato poderá contribuir em parceria com a AgeRio, Firjan e o Sebrae. É importante que o empresário tenha orientação”, disse.
O secretário municipal de Finanças, Planejamento, Desenvolvimento Econômico e Gestão de Nova Friburgo, Hugo Leonardo de Carvalho, frisou que a injeção de recursos em uma empresa permite a movimentação da economia local e faz o “fluxo girar”. O titular da pasta complementou que vai analisar uma forma de o município ajudar em parceria com a AgeRio.
Segundo a presidente da Firjan Centro-Norte, Márcia Carestiato Sancho, a AgeRio se mostrou disponível e atenta às carências das empresas do APL de Moda Íntima, inclusive com a possibilidade de facilitar o acesso ao crédito com prazos mais longos, carência e juros menores.
“Há falta de recursos e sobram empresas que precisam de ajuda financeira, tanto entre confecções quanto em muitos outros setores. Vários negócios precisam de capital de giro para se reorganizar e retomar atividades. A AgeRio pode ser uma parceira muito importante, ainda mais se conseguir atender aos pedidos das empresas com rapidez”, observou Márcia.
A coordenadora regional do Sebrae, Fernanda Gripp, reforçou a importância do acompanhamento e do assessoramento à empresa que obtém crédito para que haja de fato a aplicação correta para manutenção e alavancagem dos negócios: “É fundamental tratar a questão da carência e atrelar o apoio para o uso correto por parte de quem toma o crédito. O Sebrae poderá atuar em parceria com todos os envolvidos no projeto”.
Além do presidente da AgeRio, André Luiz Vila Verde, participaram do evento pela Agência, a diretora de Operações, Tatiana Oliver; o gerente executivo de Planejamento e Gestão de Clima, Hícaro Oliveira, e o chefe de gabinete, Igor Oliveira.
Sobre a AgeRio
A Agência de Fomento do Estado do Rio de Janeiro (AgeRio) é uma sociedade de economia mista que faz parte da administração indireta do governo estadual, sendo vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Emprego e Relações Internacionais (Sedeeri).
A missão da empresa — que opera com recursos próprios, repasses e fundos estaduais — é fomentar, por meio de soluções financeiras, o desenvolvimento sustentável do Estado do Rio de Janeiro, com excelência na prestação de serviços.
Os financiamentos são concedidos conforme critérios técnicos e por meio de decisões colegiadas. Todas as solicitações estão sujeitas a análise de crédito, que é determinante para estabelecer as condições de cada operação.
A nova diretoria da AgeRio, que tomou posse em 28 de dezembro de 2020, é composta exclusivamente por empregados concursados com longo histórico profissional na instituição. Com atuação focada em ganho de eficiência e assertividade nos negócios, a administração da empresa se concentra no fomento ao desenvolvimento da economia e na geração de emprego e renda, tendo em vista sobretudo o cenário econômico adverso imposto pela pandemia e as vocações regionais de cada região do Estado do Rio de Janeiro.
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