Nova gestão, velhos problemas. Uma das inúmeras queixas da população quanto a gestão Renato Bravo se concentrava quanto às condições das vias públicas. “Não há uma rua no município que não precise de um reparo mínimo que seja para tapar um buraco”, disse uma vez um leitor em uma das muitas reportagens do jornal sobre o tema.
Há vias em que nem os ônibus consegue passar. Foram incontáveis relatos de moradores que tiveram prejuízos com seus automóveis. Equipes de reportagem do jornal já ouviram relatos de muitos moradores que já sofreram quedas e se machucaram por conta de buracos em calçadas ou pistas.
O prefeito Johnny Maycon tem a expectativa de que problemas como os relatados sejam solucionados o mais breve possível. Para isso, ele escolheu o engenheiro civil Bernardo Verly, para ser o titular da Secretaria Municipal de Obras. Em entrevista exclusiva para A VOZ DA SERRA, o secretário falou sobre os desafios de assumir uma pasta que, na sua avaliação, não foi prioridade na gestão anterior, mas que a partir deste ano receberá a devida atenção.
A VOZ DA SERRA: Quem é Bernardo Verly?
Bernardo Verly: Sou um engenheiro civil que vem atuando na cidade há alguns anos na área de projetos e construções residenciais. Estou chegando à prefeitura com muita vontade e disposição de trabalhar, mas principalmente com o objetivo de servir a população de Nova Friburgo. Estou muito honrado de poder fazer parte dessa gestão porque acredito que podemos mudar a cidade e deixar um legado.
Como você classifica a atuação da Secretaria de Obras nos últimos anos?
A antiga gestão municipal não teve essa pasta como uma de suas prioridades. Portanto, encontramos uma estrutura extremamente precária para atender o município. São diversos equipamentos em péssimas condições de uso, e outros nem mesmo em funcionamento, assim dificultando a resposta às demandas da população.
Agora que está a frente da pasta, o que você pode fazer de diferente para que a secretaria dê conta das diversas demandas?
Planejamento e reestruturação. O foco da nossa gestão será o planejamento de todas as ações da secretaria. Estamos mapeando e classificando todas as demandas com o objetivo de sempre priorizar as mais emergentes e assim finda-las com maior celeridade possível. E para atender o maior número de demandas possíveis, iremos reestruturar a secretaria provendo melhores condições de trabalho aos servidores, e incrementando as equipes braçais, as quais são fundamentais para execução de todos os serviços solicitados.
Em 2019 metade de uma rua no Loteamento Tiradentes, em Amparo, cedeu e o problema se arrasta até os dias atuais, tendo muita reclamação dos moradores quanto a recuperação da via e serviço de transporte coletivo. O senhor tem conhecimento desse problema? Os moradores querem saber se o problema será solucionado agora na atual.
Sim, tenho conhecimento do ocorrido. As obras foram iniciadas no final do mês de novembro de 2020, estão dentro do cronograma e tem prazo de conclusão de 120 dias. A Secretaria de Obras está fiscalizando a empresa contratada com muito vigor e acompanhando todos os acontecimentos de perto.
Na sua concepção, dentro da sua pasta, qual é a principal demanda da secretaria e o que será prioridade nesses primeiros momentos da sua gestão?
A Secretaria de Obras tem duas vertentes: pequenas obras e obras contratadas. As pequenas obras são aquelas que atendemos com nossos servidores e equipamentos da estrutura municipal, como pequenos reparos, manilhamento, calçamento, “operação tapa-buraco”, dentre outras. E obras contratadas, que são as demandas de obras licitadas, onde temos o dever de fiscalizar. A prioridade nos primeiros meses de governo é estar pronto para responder às intercorrências das chuvas na cidade. Esse é período crítico, e precisamos estar preparados para atender a população.
Outra grande reclamação da população é a quantidade de buracos nas vias públicas. Qual é o seu plano para melhorar a qualidade do pavimento das pistas?
Estamos mapeando as vias públicas para que a curto prazo possamos dar melhores condições nos pontos críticos e garantir a circulação da população. A médio prazo, estamos estudando a viabilidade de utilizar a usina de asfalto a quente, a qual resulta um material de maior qualidade e durabilidade.
Ainda sobre o assunto, na gestão anterior, aconteceram muitas operações “tapa-buraco” e, muitos friburguenses criticaram o ato de “tapar o sol com a peneira”, já que os remendos mal feitos duravam dias e o problema voltava logo em seguida. O senhor pretende mudar a dinâmica da resolução de problemas com relação às ações de melhorias? Que ações devem ser realizadas?
Para atender as demandas de forma rápida a operação “tapa-buraco” se faz muito necessária, porém ela precisa ocorrer da forma correta e atendendo as normas técnicas para que haja qualidade e durabilidade no serviço realizado. Nosso objetivo para melhorar essa operação é a devida orientação e treinamento das equipes de manutenção de vias públicas.
A ciclovia que custou mais de R$ 1 milhão foi uma realização muito polêmica na gestão passada. Há algum projeto na pasta sobre o tema, em ampliar a extensão da ciclovia, modificar o projeto, corrigir possíveis equívocos do projeto original?
Embora seja um projeto da pasta do EGCP (Escritório de Gerenciamento de Convênios e Projetos), estamos em conjunto estudando as necessidades de modificações da ciclovia de acordo com o plano de mobilidade urbana.
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