Seja em uma cidade grande ou em uma pequena, poucos lugares são tão democráticos quanto as praças. Não há nada tão público, tão gratuito, tão bucólico, quanto aquele pedaço de verde e concreto no meio de uma via. Não a toa, as praças são palcos de protestos, de manifestações artísticas e intervenções populares.
Nova Friburgo é presenteada com dezenas de praças no centro, bairros e distritos. Todas elas com suas características peculiares têm seu encanto, mesmo que eles estejam escondidos no meio de uma sujeira, mal iluminados e quebrados.
Nesta reportagem A VOZ DA SERRA compara as Praças Marcílio Dias (Praça do Paissandu) e a Praça Getúlio Vargas. A primeira, apadrinhada pela iniciativa privada, recebe cuidados praticamente diários e, em perfeito estado de conservação, recebe friburguenses e turistas que não perdem a oportunidade de tirar uma foto e “ostentar” a beleza em redes sociais. Não muito distante dali, a Praça Getúlio Vargas, que é tombada e é a maior praça plana de uma região serrana em todo o país, precisa de mais atenção.
“A Praça Marcílio Dias está muito bem cuidada, ela tem vida. Vejo pessoas tirando fotos e aproveitando o cenário bonito. Os jardineiros cuidam diariamente e tratam com muito zelo. Eu acho que o local poderia ser mais bem explorado com exposição de artistas locais, ter eventos para que o friburguense possa aproveitar o espaço da forma que ele merece”, sugeriu a paisagista Neuza Santos.
Com suas árvores bicentenárias, chafarizes e monumentos que contam a história da cidade e do país, na Praça Getúlio Vargas está localizado o marco geodésico que sinaliza o exato ponto central do Estado do Rio de Janeiro.
Um dos frequentadores do local, Jorge Fernandes, acredita que o comércio local pode ajudar a reerguer a praça. “Em relação à manutenção deixa a desejar, principalmente comparando com a Praça Marcílio Dias. Olha a diferença de uma para outra. Esse lugar aqui (Praça Getúlio Vargas) é lindo, mas está jogado às traças, mal cuidado e mal policiado. Seria legal se o comércio em torno da praça pudesse abraça-la”, sugere.
A paisagista Neuza de Souza Santos acredita que o município poderia investir na contratação de artistas locais para repaginar o local. “Acredito que o município possa incentivar mais paisagistas friburguenses e com sua arte ajudar a levantar a praça. É preciso um projeto que resgate e implante melhorias. Mesmo que a prefeitura não possa pagar os artistas, que faça um mutirão, ajude com materiais e a gente entraria com a mão de obra. A Praça Getúlio Vargas precisa de mais carinho”, enfatiza Neuza.
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