Com o decreto em vigor que restringe algumas atividades, a Prefeitura de Nova Friburgo lembra à população que as academias ao ar livre estão interditadas, como medida de evitar a aglomeração de pessoas e a propagação da Covid-19. No entanto, alguns praticantes de exercícios físicos tem desrespeitado essa norma e até mesmo invadido algumas academias. Segundo a Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, frequentemente, os usuários rompem as fitas de isolamento e danificam os cartazes com os avisos de proibição do uso dos espaços.
Apesar de a prefeitura ampliar a quantidade de academias ao ar livre, o secretário de Esportes, Patrick do Nascimento, explica que a instalação dos novos equipamentos segue um cronograma já estabelecido anteriormente, mas que só deverão ser utilizados quando a pandemia passar. “Nossa equipe visita esses espaços semanalmente. Sempre que encontramos alguém utilizando os equipamentos, fazemos uma abordagem de conscientização. Temos também fitas de isolamento e cartaz avisando da proibição. Continuamos trabalhando pelo esporte em Nova Friburgo, que já conta com 21 unidades de esporte e lazer para a população. Algumas estão sendo reformadas e outras novas estão sendo instaladas. Tudo isso é para preparar a cidade para que após o período de isolamento social, a população possa utilizar”, observa Patrick.
Infectologista alerta para os perigos
A redação de A VOZ DA SERRA tem recebido denúncias sobre a utilização incorreta de algumas academias ao ar livre. Nossa equipe já esteve em diversos destes espaços como os localizados na Via Expressa, em Olaria, no Centro e em Duas Pedras para averiguar os relatos dos leitores e constatou o uso irregular.
Para a infectologista Délia Engel, a prática esportiva ao ar livre é segura se for feita individualmente ou respeitando o distanciamento seguro. “O problema das academias ao ar livre é que a distância entre os aparelhos não é a ideal. E ao transpirar, a pessoa acaba passando a mão no rosto e no aparelho, que pode ficar contaminado caso ela esteja infectada. Ainda não é a hora de liberar as academias ao ar livre”, afirmou Délia.
Ainda de acordo com a infectologista, o compartilhamento de aparelhos nas academias é o fator de maior risco para as pessoas e que a utilização de álcool em gel nesses ambientes já deveria ser obrigatória desde antes da pandemia: “A corrida é uma outra discussão, se ela deve ou não ser feita ao ar livre. Alguns estudos apontam que a dispersão das gotículas que saem da boca de quem está correndo podem atingir uma distância de dois a 20 metros. Então, não é que a corrida ao ar livre deveria ser proibida, mas é necessário que seja feita por uma só pessoa ou com uma distância segura”, finalizou Délia.
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