A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou nesta quarta-feira, 17, o índice de reajuste tarifário da concessionária Energisa em Nova Friburgo. O efeito médio do reajuste para os consumidores será de 2,39%. O aumento entrará em vigor a partir do próximo dia 1º de julho. O reajuste tarifário é um processo regulado pela Aneel, previsto no contrato de concessão da empresa. Estes contratos apresentam regras bem definidas a respeito das contas de luz, bem como a metodologia de cálculo dos reajustes. Pela norma, o valor da tarifa poderá ser reajustado anualmente – o chamado Reajuste Tarifário Anual – e a cada cinco anos, no processo de Revisão Tarifária Periódica.
O principal responsável por esse efeito médio de 2,39% foi o transporte, impactado pelo reajuste tarifário da concessionária Enel no Estado do Rio em 2020. A parcela do reajuste que caberá à distribuidora tem impacto de 0,67% - percentual abaixo da inflação do período. A Energisa informou que o efeito médio do reajuste de 2,39% que os consumidores vão perceber a partir de julho é formado pelos componentes da Parcela A da tarifa de energia, ou seja, aqueles que não estão sob gestão da distribuidora.
Composição da tarifa
A concessionária esclareceu também que o preço final da tarifa de energia elétrica é composto por custos de duas parcelas. A Parcela A, que reúne os custos que escapam à vontade ou gestão da distribuidora - transmissão e geração de energia, encargos e impostos. Nesse caso, a distribuidora atua apenas como arrecadadora. Já a Parcela B, engloba os custos diretamente gerenciáveis, administrados pela própria distribuidora, como operação, manutenção e remuneração dos investimentos.
Nos processos de Reajustes Tarifários Anuais, a Aneel promove um reajuste na tarifa vigente a fim de corrigir seu valor pelo índice de inflação acumulado no último ano. Além disso, ela aplica um fator de ajuste que visa compartilhar com os consumidores o ganho de eficiência obtido pela empresa e, com isso, diminuir o impacto do índice de reajuste anual.
Encargos e impostos
A divisão da fatura de energia elétrica é composta por 30% pela geração, 39% do Governo, 18% pela distribuição e 13% pela transmissão, considerando a receita da concessionária acrescida dos impostos e tributos (ICMS, PIS/Cofins). A tarifa final do consumidor da Energisa em Nova Friburgo contém ao todo 38,59% de encargos e impostos.
A parte que cabe à distribuidora de energia representa apenas 18,22% da composição da tarifa. É por meio dessa parcela que a Energisa distribui energia aos clientes, paga seus funcionários, fornecedores e prestadores de serviço, mantém e amplia a rede e os sistemas elétricos, além de investir na modernização e melhoria crescente da qualidade dos serviços prestados.
Dicas para economizar e Tarifa Social
Vale lembrar que existem alternativas para reduzir a conta de luz, como a Tarifa Social de Energia Elétrica em que famílias com renda de até meio salário mínimo por pessoa têm direito ao benefício concedido pelo Governo Federal, e podem obter descontos de até 65% na tarifa. Para se cadastrar no programa é preciso procurar o Centro de Referência em Assistência Social (Cras) com documentos pessoais e o número do NIS. Após realizado o cadastro, o cliente deve procurar a Energisa e finalizar o processo.
Um aspecto fundamental que pressiona a tarifa é o furto de energia. Para se ter uma tarifa de energia mais barata no futuro, é necessário que as pessoas não façam e não aceitem o furto de energia. Essas irregularidades, além de impactarem o valor da conta de luz, prejudicam a qualidade do fornecimento, provocam acidentes que podem ser fatais e reduzem a arrecadação de impostos que poderiam ser revertidos em benefícios para toda a população. No canal www.youtube.com/energisaoficial há mais dicas para economizar energia e consequentemente reduzir o valor das contas.
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