A VOZ DA SERRA é mestre em nos trazer pautas enriquecedoras!

Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

segunda-feira, 04 de dezembro de 2023

Apesar de o Natal ser a tônica de todo o mês de dezembro, há datas a serem festejadas e o Caderno Z não deixaria de nos trazer as comemorações do Dia do Samba, celebrado em 2 de dezembro. Entretanto, num país tropical como o nosso, cheio de gingas e misturas, todo dia é dia de sambar, pois “quem não gosta de samba bom sujeito não é, é ruim da cabeça ou doente do pé”, conforme definiu Dorival Caymmi. Aliás, são muitas as definições e homenagens a esse ritmo envolvente que faz a gente balançar até intuitivamente. Mas o samba que “nasceu lá na Bahia” não foi algo de fácil aceitação na sociedade, pois “houve uma época em que era proibido sambar. Os locais de samba, no século 19, eram bem malvistos, considerados perigosos, sujos, verdadeiros  locais de perdição...”. Essa discriminação foi perdendo a força e consta na história que o primeiro samba “Pelo telefone”, de Donga, emplacou em 1916.

Seria impossível estabelecer qual o melhor de todos os sambas, porque eles são como se fossem os nossos filhos: cada um tem a sua personalidade e o seu valor. São imortais, tanto os seus autores, quanto os seus intérpretes. Cada samba tem uma essência capaz de penetrar a nossa alma. Wanderson Nogueira foi capaz de traduzir, "palavreando" o seu entendimento: "Ah, o samba! Traduz um jeito de viver e ainda que se fantasie de malandragem, é de gente nobre e trabalhadora. É trilha de novela, é conjunto de sentimentos que escapole, é perpetuação de raízes, é grito de reparação da história, é declaração de amor pelo lugar de onde se vem: Madureira? Cordoeira! É canto de liberdade, é puro suco de brasilidade...”. Sim, é isso mesmo, um “suco de brasilidade” que a gente bebe para esquentar o corpo e refrescar a alma!

Ana Borges entrevistou Leonardo Coutinho, “a voz jovem do pagode” de apenas 27 anos de idade, “nascido no samba”. Filho de bamba, sambista é, pois desde a barriga da mãe, “o Léo Guaravita”, iniciou sua jornada musical. O pai, Paulinho Guaraná, deu exemplos de sobra. Aos sete anos, o menino já desfilava com os pais em agremiações carnavalescas. Aos nove, aprendeu cavaquinho. Na Campesina Friburguense estudou teoria musical e alguns instrumentos de sopro. Aos 12 anos, fundou seu primeiro grupo de pagode e a carreira deslanchou. A recompensa: “... acredito que o maior prazer de qualquer músico seja sentir as emoções que o nosso som vai despertando no público, o que somos capazes de provocar nas pessoas com música, com nosso show”. Lindo!

Provocar emoções é o que dá sentido ao Caderno Z com temas que nos aproximam da arte, da cultura e de tudo o mais que possa nos aprimorar. Na verdade, o Jornal A VOZ DA SERRA é mestre em nos trazer pautas enriquecedoras, seja da nossa cidade, região e até mundial. É rico em conteúdos densos, dá voz aos debates, chama os setores públicos para as suas responsabilidades, abre espaços para esclarecimentos, sempre convidando o povo à prática do exercício da cidadania. Ler é conhecimento!

Em “Esportes”, Vinicius Gastin noticiou os 108 anos do inesquecível Esperança Futebol Clube. Quando o clube “pendurou as chuteiras”, a esperança de preservação de seu legado não foi em vão. Os “esperancistas fizeram história no futebol friburguense” e Luiz Fernando Bachini, Juca Bravo, meu primo, ambos do Nova Friburgo Futebol Clube, entre outros, estão empolgados com as celebrações. Viva o Esperança!

A visita do governador do Estado do Rio de Janeiro ao nosso município, na última quinta-feira, 30 de novembro, foi mais do que proveitosa. Na agenda dos compromissos, constou a inauguração da obra do sistema de drenagem no centro da cidade, com cerimônia na Rua Farinha Filho, obra que tem o objetivo de conter as antigas inundações no centro. As obras do futuro Hospital do Câncer foram revistas e há uma promessa de término no segundo semestre de 2024. Com tanto carisma por seus empreendimentos, o governador recebeu o título de cidadania friburguense, proposto pelo vereador José Roberto Pacheco Folly. Bonita iniciativa, vereador. Parabéns!

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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