AVS não é um clássico de Verdi. Mas, é a “marcha triunfal” do impresso!

Elizabeth Souza Cruz

Elizabeth Souza Cruz

Surpresas de Viagem

A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

segunda-feira, 20 de março de 2023

O outono está, lindamente, nas páginas do Caderno Z do último fim de semana, com apenas uma diferença: as folhas não caem! Os livros da minha infância classificavam o outono como a estação das folhas caindo. Era o básico que a gente sabia. Contudo, pelos estudos de meus pais, eu fui aprendendo que era muito mais. Apesar de ver os dias outonais ficando mais curtos, há uma série de eventos naturais que encantam a alma da gente. E o Z veio recheado de conhecimentos, com um belo texto de apresentação, assinado por Ana Borges. Pelo movimento de translação, a Terra, ao redor do Sol, no hemisfério Sul, recebe menos luz, por isso, os dias menores. Tudo é tão perfeito que nosso planeta recebe exatamente a quantidade de luz e calor ideais para a vida humana. É mágico!

E as frutas dessa época?! O caqui, por exemplo, é o verdadeiro manjar dos deuses. O abacate me lembra infância, quando vovó partia ao meio: uma parte para mim, outra, para o meu irmão. E a gente comia na própria casa, com açúcar e com afeto, como na canção de Chico Buarque. E o La Niña chegou ao fim! Em compensação, o El Niño poderá alterar o regime de chuvas no segundo semestre de 2023.

As suculentas deram um show de charme no Caderno Z. São dóceis para o cultivo e não exigem grandes cuidados. Wanderson Nogueira viajou da Pedra do Arpoador para os mais longínquos mares da inspiração: “Somos como as estações. E, mesmo sem os cataclismos de El Niño ou El Niña, determinamos os modos do tempo que temos. Se o Sol vai sair e se sair o quanto pesará os ombros ou trará leveza para as vistas. Se colheremos minutos nas horas e como serão esses frutos que plantamos...” Que lindo!

Saindo da Pedra do Arpoador, fomos Christiane Coelho tentar entendermos que história é essa de “três ambulâncias ao relento no pátio do Teatro Municipal Laercio Ventura.  Ficou explicado que “a prefeitura está aguardando a documentação dos veículos” e ainda espera definir os trâmites necessários para a habilitação do serviço do Samu em nosso município. O Projeto Samu 100% RJ do Governo do Estado do Rio de Janeiro vai disponibilizar 249 veículos entre os 92 municípios fluminenses. Mesmo com alguma amarração no caso, o Cão Sentado, na charge de Silvério, não sei se dorme em paz ou se sonha com a implantação do serviço.

Enquanto o verão se despede com a chegada do outono, no ciclo pontual da natureza, muito se tem feito para que os cuidados com o meio ambiente sejam cada vez mais intensos, por intermédio de ações educativas. O Governo do Estado do Rio de Janeiro, no projeto Ambiente Jovem, realizou a formatura de 900 alunos no programa de educação ambiental que é considerado o maior do Brasil.

Outra ação relevante que, em breve, será instalado no Sesc de Nova Friburgo é o equipamento “Retorna Machine” com a finalidade de recolher material reciclável. Na prefeitura e ao lado, na antiga Rodoviária Leopoldina, foram instalados coletores de óleo de cozinha, para uso da coletividade. O produto, reciclado, será transformado em sabão e doado para entidades assistenciais. O projeto será ampliado para outras localidades.

Mais um jornal encerrou sua versão impressa no estado do Rio e a impressão que nos dá é a de que está ficando cada vez mais estreito o espaço de circulação para os jornais impressos. Esse estreitamento se deve, em parte, ao mundo digital, que veio facilitar a comunicação, na instantaneidade de um piscar dos olhos. O jornal O Fluminense, fundado em Niterói, em 1878, e o mais antigo do Estado do Rio de Janeiro, após mais de 140 anos, no início deste mês, entre as águas de março, fechou as portas para a sua circulação impressa.

Literalmente, seu papel marcou a história da informação, noticiando o dia a dia dos acontecimentos. Passou pela Abolição e, da República aos dias atuais, o jornal viu de tudo. Ilustres, desde Alberto Torres, Euclides da Cunha, Bilac e tantos mais, imortais da Academia Brasileira de Letras, passaram pelas suas páginas. Agora, a impressão que fica é aquela de mais uma página de saudade na história do jornalismo brasileiro.

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A jornalista-poeta-escritora-trovadora-caçadora de cometas Elisabeth Sousa Cruz divide com os leitores, todas as terças, suas impressões a bordo do que ela carinhosamente chama de “Estação Caderno Light”, na coluna Surpresas de Viagem.

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