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Eleição americana, alta do dólar e Nova Friburgo
Lucas Barros
Além das Montanhas
Jovem, advogado criminal, Chevalier na Ordem DeMolay e apaixonado por Nova Friburgo. Além das Montanhas vem para mostrar que nossa cidade não está numa redoma e que somos afetados por tudo a nossa volta.
Pela manhã desta quarta-feira, 6, por volta das 7h30 (horário de Brasília), Donald Trump já havia conquistado a maioria dos delegados necessários para garantir sua vitória. Esse resultado não apenas confirmou uma vitória esperada, como também foi decidida bem antes do previsto.
A votação para a Câmara dos Deputados ainda não foi concluída, e o resultado deve demorar mais para ser definido. No entanto, a apuração parcial já aponta uma vantagem republicana. Caso a maioria seja confirmada em ambas as casas, Trump terá mais facilidade para aprovar suas políticas, o que já está impactando os mercados financeiros.
O dólar turismo alcançou a marca de R$ 6 na manhã desta quarta-feira, 6, após a confirmação da vitória de Donald Trump nas eleições dos Estados Unidos. A moeda americana apresentou valorização global, seguindo uma tendência observada nas últimas, quando os avanços do republicano nas pesquisas de voto já haviam provocado esse movimento.
A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos tem gerado um cenário de incerteza e preocupação, especialmente no Brasil, devido à forte alta da moeda americana. Para entender o que pode acontecer nos próximos meses, é preciso considerar alguns fatores:
Políticas protecionistas
Os Estados Unidos enfrentam uma inflação considerada alta, especialmente nos preços de produtos essenciais, como alimentos, energia e combustíveis - o que tem gerado preocupação entre a população. A tomada de ações para a redução da inflação americana, podem fortalecer o dólar, impactando economias emergentes como a brasileira.
Além disso, Trump tem um histórico de posicionamentos econômicos protecionistas, com foco em políticas de "America First" (A América em primeiro lugar). A expectativa é de que Trump eleve as tarifas comerciais. Em campanha, prometeu sobretaxar todas as importações, até mesmo de aliados, em 20%, e as chinesas em 60%.
Embora a expectativa seja de que o governo republicano procure impulsionar o crescimento interno dos EUA, qualquer sinal de uma política externa mais isolacionista ou novas tarifas comerciais pode afetar o comércio global e gerar um “furduncinho” nos mercados financeiros, o que inclui em variações repentinas no valor do dólar.
É bem possível que as novas políticas defendidas por Trump possam fazer o dólar avançar nas próximas semanas. Essas medidas podem beneficiar a economia dos EUA, atraindo mais investimentos estrangeiros e pressionando ainda mais a demanda pelo dólar. Em contrapartida, manter a moeda americana mais valorizada ainda frente ao real.
Impactos na nossa vida
O Brasil, como economia emergente, é extremamente sensível a mudanças no cenário internacional. A alta do dólar pode afetar negativamente diversos setores da economia brasileira, impactando diretamente nas nossas vidas, desde o preço do pão até mesmo a geração de empregos em nossa cidade.
Com um déficit gigantesco na economia do Brasil, o custo da dívida externa nacional — que é denominada em dólares — tende a aumentar abruptamente. Esse aumento pode abalar a confiança na moeda brasileira, resultando em uma desvalorização do real nos próximos meses.
Além disso, importações, tornam-se mais caras, desde produtos industrializados, até mesmo às matérias primas, como o trigo. Como a maior parte do trigo brasileiro é importado, podemos ver as mudanças a curto prazo mesmo em produtos de mesa como pães, bolos e biscoitos.
Por outro lado, a alta do dólar afeta o preço dos tecidos, de forma direta, no caso das importações, quanto indireta, já que produtos como fibras naturais e sintéticas também são cotados em dólar. Isso pode dificultar as vendas, resultando em menos renda para representantes comerciais, confecções e costureiras, que enfrentam custos mais altos para manter seus negócios funcionando.
Em um mundo extremamente globalizado e interligado, precisamos estar atentos às mudanças do planeta. A coluna Além das Montanhas vem para mostrar que nossa cidade não está numa redoma e que somos afetados por tudo a nossa volta, inclusive, com as eleições americanas.
Lucas Barros
Além das Montanhas
Jovem, advogado criminal, Chevalier na Ordem DeMolay e apaixonado por Nova Friburgo. Além das Montanhas vem para mostrar que nossa cidade não está numa redoma e que somos afetados por tudo a nossa volta.
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