Senai define medidas para retorno às aulas da educação profissional

Aulas em laboratórios e oficinas terão metade da turma que deverá adotar medidas sanitárias
sexta-feira, 10 de julho de 2020
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Henrique Pinheiro)
(Foto: Henrique Pinheiro)

Em tempos de educação a distância, por causa da pandemia, muitos alunos tiveram que se adaptar. No ensino profissional, os cursos exigem etapas presenciais, que deverão ser retomadas seguindo as recomendações sanitárias. Para orientar suas unidades, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) elaborou um protocolo com critérios de saúde e segurança a serem seguidos, além de reforçar a necessidade de se seguir as normas das autoridades sanitárias locais.  

Com este objetivo, um documento foi elaborado por médicos do trabalho, epidemiologistas, engenheiros de saúde e segurança no trabalho, psicólogos e outros especialistas. O foco é a volta das aulas presenciais para o desenvolvimento de habilidades específicas em oficinas e laboratórios, que não podem ser desenvolvidas por meio de simuladores ou outras estratégias em ambientes virtuais da educação a distância (EaD).

“O Senai tem um vasto portfólio de cursos EaD que estão sendo utilizados juntos aos alunos. Porém, nossos cursos técnicos exigem momentos presenciais. Vamos fazer isso de forma gradual e segura”, explica o gerente-executivo de educação profisssional do Senai, Felipe Morgado.

Conjunto de medidas  

Entre os cuidados com alunos, cada escola do Senai deverá fazer, antes da retomada, uma pesquisa entre eles, detectando quais são do grupo de risco e quais realmente poderão voltar às atividades presenciais. As escolas também precisam identificar os cursos que devem ser priorizados na retomada gradual, levando em consideração as áreas que mais necessitam do momento presencial, como eletrotécnica, mecânica, automação industrial, entre outras que possuem etapas presenciais obrigatórias.

Uma vez retomadas as aulas, os alunos deverão seguir regras, como: não usar bijuterias nem adereços de metal, além de usar o cabelo preso. Além disso, eles serão orientados a levar seu próprio “Kit aluno Covid-19”, com álcool gel (para uso especialmente durante ou após o deslocamento para a escola), recipiente próprio para beber água, de uma a duas máscaras para trocar durante o período dentro da escola, lenço umedecido para higiene pessoal, e saquinho de lixo para colocar os produtos que manuseou e precisa descartar.

No caso de aulas em oficinas e laboratórios, as escolas deverão realizar mudanças físicas nos ambientes para que o distanciamento de dois metros entre instrutores e alunos seja respeitado. Já nas salas de informática, por exemplo, as mesas que eram para duplas, deverão ser ocupadas por uma só pessoa. Assim, as turmas terão apenas a metade de alunos do que o espaço costumava abrigar antes da pandemia.

Ambientes com sinalização de alerta

Entre as orientações, as escolas precisarão definir como será a interação entre o aluno e o instrutor, com o objetivo de assegurar o distanciamento sem prejudicar o aprendizado. Além disso, é preciso definir os cuidados com pessoas com deficiência. No caso de deficientes visuais, por exemplo, não é recomendado o uso de material em braile.

Além dos cuidados com desinfecção e limpeza, as escolas deverão colocar cartazes com informações, para orientar os alunos em ambientes coletivos. Estes locais deverão ser higienizados a cada duas horas. As estações de trabalho também devem ser desinfetadas antes e depois das aulas. As catracas deverão ser desativadas e será preciso identificar com faixas o distanciamento e corredores. Só poderá entrar uma pessoa por vez nos banheiros coletivos, que deverão ficar com a porta principal aberta para identificar que não há usuário. As torneiras com distância menor que dois metros deverão ser inutilizadas.

Os bebedouros só poderão ser usados para encher garrafas. Dependendo do curso, as escolas deverão fazer marcações no chão ou até barreiras físicas entre os alunos, no intuito de manter os dois metros de distância de afastamento. Uma equipe médica deverá monitorar a temperatura de alunos e colaboradores. No caso de diagnóstico, o colaborador com Covid-19 será afastado, e a recomendação é de que o restante da equipe que teve contato com o membro contaminado também cumpra home office pelos próximos 14 dias.

 

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TAGS: Senai