Profissionais das escolas municipais de Friburgo entram em greve

Categoria reivindica vacinação contra Covid. Movimento é apenas para a modalidade presencial: ensino remoto continua
segunda-feira, 07 de junho de 2021
por Christiane Coelho (Especial para A VOZ DA SERRA)
Profissionais das escolas municipais de Friburgo entram em greve

Os profissionais de educação da rede municipal de Nova Friburgo entraram em greve desde esta segunda-feira, 7. De acordo com o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação de Nova Friburgo (Sepe) - que também representa a categoria no município -  o movimento atinge somente as aulas presenciais.  O ensino remoto e a educação à distância devem continuar normalmente. 

Em nota divulgada nas redes sociais, o Sepe informou que “essa decisão foi tomada em função do entendimento de que o sindicato e a categoria já esgotaram todas as outras formas de diálogo e reivindicações junto ao governo municipal, que desde o início do mandato, em janeiro deste ano, tem buscado flexibilizar o Plano Seguro de Retomada que foi elaborado em 2020 junto a diversas entidades representativas e setores do próprio Poder Executivo – como as secretarias de Saúde e Educação, dentre outras.”

Ontem, nem o Sepe, nem a Secretaria Municipal de Educação tinham os números da adesão dos profissionais no primeiro dia de greve. Mas, a Secretaria de Educação informou, em nota, que as 22 escolas aptas ao retorno de forma híbrida funcionaram nesta segunda-feira.   

A greve para o ensino presencial foi votada em assembleia unificada realizada na semana passada, dia 31 de maio, que aconteceu de forma remota. Em nota enviada à redação de A VOZ DA SERRA, o Sepe destaca que “ tanto o sindicato quanto a categoria compreendem a importância do espaço e do convívio escolar para a sociedade como um todo, mas considera que o retorno presencial no atual momento coloca em risco de vida diversos integrantes da comunidade escolar e de suas famílias, haja visto não existir ampla testagem, transporte seguro, vacinação ampla e leitos exclusivos para pacientes com Covid-19 garantidos nos hospitais. Destacamos também que a prefeitura está convocando pessoas com algumas comorbidades (doenças crônicas) para o trabalho presencial e que não está sequer pagando em dia as passagens de quem vai às escolas, o que se soma a problemas estruturais que se agravaram e à inadequação das escolas a protocolos sanitários que exigem ampla ventilação em todos os ambientes e treinamento prévio dos funcionários, por exemplo.”

Profissionais reivindicam vacinação

Na nota enviada ontem à redação de A VOZ DA SERRA, o Sepe destaca também que o “retorno seguro, só com vacina para todos”. No final de maio, os profissionais de educação puderam se cadastrar para a elaboração de um calendário de vacinação contra a Covid-19 específico para a categoria. O cadastro foi destinado a todos professores e profissionais de apoio, das redes pública e privada, e de todos os níveis de educação. 

De acordo com o calendário unificado do Governo do Estado do Rio de Janeiro, a vacinação para os profissionais de educação deve acontecer ainda em junho, informação também dada pela Secretaria Municipal de Educação: “Assim que o município receber as doses para esse público, será iniciada a vacinação. A divulgação de datas e locais será feita nos canais oficiais da prefeitura”.

Retorno de forma híbrida

O retorno das aulas de forma híbrida (presencial e online) nas redes pública e particular foi autorizado pelo decreto municipal 982, de 29 de abril de 2021. De acordo com o decreto, as escolas podem funcionar, com restrições estabelecidas, desde que a bandeira do município, estipulada pelo Mapa de Risco do Governo do Estado, não seja a roxa. A retomada das aulas na rede particular foi autorizada a acontecer a partir do dia 3 de maio, mas só retornou no dia 10, já que a bandeira de Nova Friburgo entre os dias 3 e 9 de maio foi a roxa. 

Na rede municipal, as aulas nas escolas aptas ao retorno voltaram no dia 17 de maio. Pelo decreto, os alunos não retornaram ao mesmo tempo e o funcionamento, em todas as bandeiras que permitem a aula presencial (verde, laranja, amarela ou vermelha), está acontecendo com 50% do número de alunos matriculados por turma, sendo permitido, excepcionalmente, percentual maior nas hipóteses ondes as salas de aulas apresentem condições para acomodar os estudantes com, no mínimo, dois metros de distância entre os alunos com a devida

demarcação do espaçamento. 

Além do distanciamento e da obrigatoriedade de ambientes ventilados, também há exigência do uso de máscaras de proteção por toda a comunidade escolar e disponibilidade de álcool em gel nas dependências para higienização das mãos. Pais que não se sentirem seguros em enviar os filhos para as aulas presenciais nas escolas podem optar somente pelo ensino remoto.

Em nota a Secretaria Municipal de Educação informou que, “as escolas aptas retornaram devido a uma avaliação realizada pelo comitê formado pelas secretarias de Educação, Serviços Públicos, Obras, EGCP (Escritório de Gerenciamento de Projetos), Saúde e Defesa Civil. Não só a segurança dos profissionais da rede, mas, também de alunos e familiares, foi um dos principais quesitos para este trabalho criterioso. Todo o material de higiene, limpeza e dedetização foi entregue às unidades e todos os protocolos estão sendo realizados pelos profissionais da rede nas escolas.”

 

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