Professor friburguense é destaque nacional em vendas de cursos online

Com nova forma de ensinar, Inglês sem Neura está entre os cinco cursos virtuais mais vendidos do país
sexta-feira, 07 de outubro de 2022
por Christiane Coelho (Especial para A VOZ DA SERRA)
(Foto: Reprodução)
(Foto: Reprodução)

“Hi, Folks!” Essa é a forma como Jorge Henrique Alves, professor de Inglês, começa a falar com seus seguidores. Mas, não é um “oi, pessoal” - tradução de “Hi, Folks” - comum, é cheio de entusiasmo, e alegria, de irreverência, de movimentos que já fazem parte de sua marca, da sua personalidade.

Com mais de 400 mil seguidores somente no Instagram, mais que um influenciador digital desses que costumamos ver na internet fazendo publicidade de marcas e/ou produtos que os contratam, Jorge Henrique é o garoto propaganda do seu próprio produto, uma nova forma de ensinar inglês, que vem conquistando alunos não só de todo o Brasil, mas do mundo.

E para quem não tem muita intimidade com o mundo virtual, para se ter uma ideia da proporção que o trabalho desse friburguense alcançou, o curso dele, “Inglês Sem Neura”, tem hoje seis mil alunos simultaneamente. Todos os meses, quando abre uma nova turma, é o curso mais vendido do nicho Inglês e está sempre nas primeiras colocações com os demais cursos hospedados na mesma plataforma, a Hotmart, a maior plataforma de ensino digital da América Latina. Além disso, em recente reportagem publicada na revista Isto é Dinheiro, o curso desenvolvido por Jorge Henrique aparece entre os cinco melhores de inglês online do Brasil.

A sua trajetória como professor de Inglês começou em 2013, um ano antes de se formar em Letras - Português/Inglês, na antiga Faculdade de Filosofia Santa Dorotéia. Enquanto dava aulas em cursos e escolas de Nova Friburgo, Jorge Henrique se especializou em Linguística Aplicada no ensino de idiomas. “Confesso que eu me sentia um peixe fora d’água diante de tanta formalidade nas salas de aula. Eu já não me identificava mais com as metodologias presenciais, pelo fato de perceber que eu não agregava habilidade de fala, por causa dos métodos engessados que eu deveria cumprir”, revelou Jorge Henrique, acrescentando que “já pensava, sim, em levar a minha personalidade para o ensino de Língua Inglesa. Porém, eu não imaginava que não seria em uma sala de aula presencial e muito menos que alcançaria tantas pessoas no mundo todo.”

Um rebelde com uma causa

Nas aulas particulares Jorge Henrique empregava não só sua criatividade e seu jeito, mas a metodologia que acredita: a utilização da Língua Portuguesa como ferramenta importante para se atingir a fluência na língua inglesa, aliada à sua personalidade. "Você não precisa parar de usar seu idioma materno para aprender qualquer idioma, pelo contrário. A utilização do português ajuda e facilita a compreensão e absorção do novo idioma", afirma ele, acrescentando que “não existe “metodologia inovadora”, porém, diante da minha especialização em Linguística Aplicada, fui o primeiro a levar a lógica do não apagamento da língua materna para aprender um segundo idioma. Eu inovei a forma de ensinar, através da transferência linguística, que é comprovada há décadas, junto com a minha essência escandalosa, hiperativa, prática e divertida”, explica o professor friburguense. 

Para divulgar suas aulas particulares, ministradas do seu jeito, nas redes sociais, Jorge Henrique resolveu criar um nome: foi aí que nasceu o Inglês sem Neura. Para otimizar tanto o seu tempo, quanto o dos alunos, ele passou a oferecer o ensino online. “Eu não fiz nenhum curso para me tornar um empreendedor digital. Em 2016,  comecei praticamente tudo sozinho - criação da metodologia, vídeos, edição e hospedagem. Foi batendo a cabeça mesmo”, revelou ele.

Em 2018, Jorge Henrique foi abordado, na internet, por Júnior Ramos, um estrategista digital. “Na época era apenas o meu lançador. Hoje, formalmente, é meu sócio na empresa Inglês Sem Neura. Atualmente, o curso é gravado com segmento na transferência linguística e tem duração de dois anos, com aproximadamente nove fases, que são atualizadas a cada nova turma, de modo gratuito para os alunos já presentes. Paralelamente às aulas da plataforma, eu e minha equipe pedagógica treinamos em tempo real com todos os alunos”, explica ele, que conquistou também alunos famosos, como Negrali, Carmo Della Vecchia, Fabiula Nascimento, entre outros, que, segundo Jorge, se tornaram grandes amigos, e costumam participar de lives com ele.

Com a experiência de Jorge Henrique, Júnior Ramos e a equipe com todo o trabalho desenvolvido no reconhecido case de sucesso, que é o Inglês sem Neura, eles criaram a agência Inglês Sem Neura, uma empresa de treinamento online em desenvolvimento profissional e pessoal, entre outras atividades de ensino; de cursos preparatórios à distância de idiomas e seus segmentos; e de criação e distribuição online de conteúdo eletrônico, desenvolvimento de sistemas, portais e provedores.

Hoje, Jorge Henrique e o Inglês sem Neura são sempre divulgados nas redes sociais e convidados de honra, além de serem destaques em publicações da Hotmart, a maior plataforma de cursos digitais da América Latina, que abriga mais de 90 mil produtores digitais.

Meu vizinho na Rua São Roque

Agora vou despir minha roupa de jornalista, deixar de ser a Christiane Coelho e me vestir de Kika, a vizinha de infância do moleque Jorge Henrique. Eu sou 13 anos mais velha que ele. Na verdade, brinquei muito com os irmãos mais velhos dele, Sandro e Cíntia e, me lembro como se fosse hoje, de quando a mãe dele, Sandra, engravidou do temporão e o batizou com o nome do pai, Jorge, e Henrique, em homenagem ao pároco da Igreja Nossa Senhora das Graças, que frenquentávamos no bairro Olaria.

Apesar de termos nascido em décadas diferentes, conheço bem o ambiente onde o menino Jorge Henrique cresceu: a Rua São Roque, em Olaria, onde brincávamos todos juntos na rua e no campinho do Cici, um terreno do tio do Jorge Henrique, onde a molecada da rua jogava bola.

Muitos de nossos vizinhos, com quem brincávamos, se perderam… enveredando por caminhos tortuosos. Ninguém era rico, todos nós filhos de trabalhadores, de lutadores. Ver onde chegou, o que alcançou e o que ainda pode alcançar, Jorge Henrique, um garoto da Rua São Roque, que por vezes foi mal compreendido em seus planos e sonhos e até subestimado, como ele mesmo diz, me emociona demais e me enche de orgulho em afirmar: “Ele foi cria da São Roque, assim como eu!!!”

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