Primeira grande onda de frio do inverno chega quarta e derruba temperaturas na quinta

Mínima em Friburgo deve cair para 5 graus, sem contar sensação térmica. Fim de semana continua gelado, apesar do céu azul
terça-feira, 29 de junho de 2021
por Adriana Oliveira (aoliveira@avozdaserra.com.br)
Geada em Friburgo (Foto: Rodrigo Heringer)
Geada em Friburgo (Foto: Rodrigo Heringer)

Não se deixe enganar pelo céu azul e separe gorros, luvas e cachecóis. A primeira forte onda de frio do inverno 2021 deve atingir Nova Friburgo a partir desta quarta-feira, 30, quando a mínima deve cair para 9 graus, sem contar a sensação térmica. 

Na quinta, 1º de julho, a mínima deve baixar ainda mais, para 5 graus. As temperaturas deverão permanecer baixas no fim de semana, com máximas em torno de 16 graus. Não há previsão de chuva para os próximos 15 dias: o céu deve continuar limpo.

A onda de frio se deve à formação de um ciclone subtropical associado a uma massa de ar polar que teve origem entre o Uruguai e a Argentina. Esta frente fria está chamando a atenção dos meteorologistas, segundo o Climatempo, porque, além de ser intensa, vai avançar pelo interior do Brasil. O centro da massa de frio vai passar exatamente sobre o Sul do país antes de ir para o mar, provocando neve e geada nas serras gaúcha e catarinense já nesta terça-feira, 29.

Como mostrou A VOZ DA SERRA em 14 de junho, a primeira onda de frio deste ano, em torno de 7 graus, foi registrada uma semana antes do início oficial do inverno, que começou dia 21. Desde 5 de maio a Estação Meteorológica A624 do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), que registra as temperaturas oficiais na região de Salinas, vem apresentando falhas na transmissão online dos dados meteorológicos. Desta forma, Friburgo fica sem saber suas temperaturas oficiais.

A estação do Inmet em Salinas chegou a registrar,  em 8 de agosto de 2014, 1,1 graus negativos, a menor temperatura oficialmente da história recente do município. O instituto alega que a manutenção da estação foi suspensa devido à pandemia.

O inverno 2021 deve seguir o padrão de normalidade histórica, sem efeito dos fenômenos El Niño ou La Niña. No entanto, a expectativa é que o Sudeste enfrente duas ondas de frio intenso: uma  em julho e outra, ainda mais forte, na primeira semana de agosto.

Anomalia de frio negativo

Segundo o site de meteorologia Metsul, a onda polar desta primeira metade da semana na região Centro-Sul do Brasil, Uruguai, Argentina e Paraguai  estará trazendo a maior anomalia negativa de frio no mundo fora do polos. Em nenhum lugar do planeta a temperatura ficou tão abaixo da média fora das regiões polares como a parte central da América do Sul.

Existem áreas de temperatura abaixo da média extensas nas planícies centrais dos Estados Unidos, no Norte do Canadá e na parte central da Rússia, mas fora da Antártida não há nenhuma região nesta segunda-feira, 28, com a temperatura tão abaixo da média como a porção central da América do Sul. Segundo o Metsul, isso é efeito da massa de ar polar que cobre a maior parte dos países do Cone Sul da América.

Nesta segunda nevouem Santa Catarina, no Planalto Sul Catarinense, e caiu chuva congelada em São José dos Ausentes (RS) e em Pato Branco, no Sudoeste do Paraná.

As mínimas na Argentina chegaram a 15 graus negativos em Maquinchao. A neve caiu nesta segunda em locais pouco acostumados ao fenômeno, como no Noroeste da província de Buenos Aires e do Sul da província de Santa Fé.

Por outro lado,  o Noroeste do Estados Unidos e a região de British Columbia no Canadá enfrentam uma onda de calor sem precedentes. O Canadá teve ontem a maior temperatura da sua história: 46 graus British Columbia, onde fica Vancouver.

Grande parte da Antártida está mais fria do que a média. Enquanto no Ártico a temperatura está meio grau acima da média, na Antártida a temperatura está 3,2 graus abaixo da média. Isso contribui para que o Hemisfério Norte esteja meio grau acima da média, enquanto o Hemisfério Sul registre hoje temperatura meio grau abaixo. 

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TAGS: Clima