Primavera com muito calor no Brasil

Apesar do aumento da frequência da chuva, o calor intenso será uma marca registrada da estação
sexta-feira, 22 de setembro de 2023
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Henrique Pinheiro)
(Foto: Henrique Pinheiro)

A primavera tem início astronômico às 3h50 deste sábado, 23, e se estenderá até às 00h27 do dia 22 de dezembro, horários de Brasília. De acordo com o Climatempo, a estação, neste ano, será especialmente marcada por muito calor no país e também por mais chuva no Sul do Brasil.

As principais características climatológicas desta primavera serão o retorno gradual da chuva e o aumento da temperatura. Em alguns anos, algumas frentes frias fortes podem chegar ao Brasil causando acentuado resfriamento no Sul, em parte do Sudeste e do Centro-Oeste. Eventos de neve e geada já ocorreram na Região Sul em meses de primavera, mas são excepcionais.

Apesar do aumento da frequência da chuva, o calor costuma ser uma marca registrada da primavera no Brasil. É comum picos de calor em todas as regiões. As médias de temperatura de outubro e de novembro, geralmente, são as mais altas do ano em grande parte do país. 

A primavera de 2023 deverá ser especialmente marcada pelo calor acima do normal em quase todo o Brasil. Os primeiros episódios de calor intenso já poderão ser experimentados nos primeiros dias da estação, com o prolongamento da onda de calor que se espalhou pelo país na última semana do inverno de 2023. 

Primavera 2023 na região sudeste 

  • Chuvas irregulares, mas pontualmente fortes.

  • Chuvas predominantemente convectivas, sem a formação de ZCAS (Zona de Convergência do Atlântico Sul). Os corredores de umidade ameaçam se formar durante a passagem de frentes frias, mas logo se desconfiguram.

  • Poucos dias nublados, dias quentes e abafados. Temperatura acima da média.

  • Ondas de calor altamente prováveis em outubro. De novembro em diante, a chuva aumenta de frequência e a chance de ondas de calor amplas e persistentes diminui.

  • A chuva não se regulariza no início da primavera (probabilidade de chuva em dois a três dias e outros sete sem chover).

  • Chuva acima da média em algumas áreas de SP, RJ e MG.

  • As porções norte e oeste da região terão anomalias negativas de chuva (chuva abaixo da média).

  • Frentes frias avançam até o RJ e desviam pelo oceano.

  • Litoral de SP e do RJ: frentes frias eventualmente fortes, com muito vento devido ao contraste de temperatura das massas de ar (intensificado pelo calor intenso pré-frontal).

  • Temperatura superficial da água do mar mais quente perto da costa e favorecendo maior evaporação.

  • Episódios de temporais em SP, RJ, Sul de MG por causa do calor. Vai chover, mas em intervalos mais espaçados, o que resulta em acumulados no final do mês abaixo da média em grande parte de SP, de MG e do RJ.

Previsão para Nova Friburgo

Uma grande massa de ar quente e seco tende a se intensificar sobre o sudeste do Brasil deixando o ar mais seco. A maioria das áreas da região deverá ter dias com sol forte e poucas nuvens, sem condições para chuva. O calor poderá ser bastante intenso durante a tarde em algumas áreas do Estado do Rio.

Em Nova Friburgo, ainda de acordo com o Climatempo, neste sábado, 23, a previsão é de sol com algumas nuvens, sem chuva. Mínima de 13 graus e máxima de 28 graus. No domingo, 24, a previsão também é de sol com algumas nuvens, sem chuva. Mínima de 14 graus e máxima de 30.

Belém será a segunda mais quente do mundo

As últimas semanas foram marcadas por uma onda de calor intenso em diversas regiões do país, inclusive com recordes de temperatura anuais batidas em pleno inverno. Segundo um estudo realizado pela Ong CarbonPlan em parceria com o jornal Washington Post, o cenário tende a piorar em escala global. Belém, capital do Pará, no Brasil, por exemplo, pode chegar a ser a segunda cidade mais quente do mundo até 2050.

A publicação estima que até a virada do século, em 2030, mais de dois bilhões de pessoas estarão expostas a um mês inteiro de temperaturas elevadas acima de 32°C. Neste cenário, adultos saudáveis que praticam atividades ao ar livre podem sofrer com estresse térmico.

Em 2050, o problema deve atingir metade da população do globo. “Uma tendência preocupante é que, historicamente, apenas o sul da Ásia e o médio Oriente experimentaram temperaturas tão altas. Mas, em 2050, esse nível de calor se tornará cada vez mais frequente em outros locais”, alertam os pesquisadores.

A partir da análise dos dados, cientistas calculam que, em pouco mais de 25 anos, a cidade de Pekanbaru, na Indonésia, pode enfrentar 344 dias de calor. E Belém do Pará deve ficar em segundo lugar, com um total de seis meses. Também se destacam Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, com 189 dias; Calcutá, na Índia, com 188 dias; e Nimule, no Sudão do Sul, com 159 dias de temperaturas extremas.

O estudo ainda aponta questões sociais e econômicas como limitações para enfrentar os problemas climáticos. Além da falta de recursos das famílias para comprar equipamentos de ar-condicionado, também existem diferenças nos sistemas de saúde de cada região.

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