A Arte Urbana: o encontro da vida com a arte

Sair dos lugares ditos “consagrados”, aqueles destinados a exposições e apresentações artísticas — para evidenciar a arte cotidiana, espalhada pelas ruas
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2024
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Henrique Pinheiro)
(Foto: Henrique Pinheiro)

A arte é uma forma de expressão humana que desempenhou um papel crucial dos primórdios da história da sociedade ao cotidiano contemporâneo e urbano em que vivemos atualmente, sendo encontrada em inúmeras formas, como pinturas, murais, esculturas, performances, grafites, instalações, dança, música e muito mais.

A presença da arte no cotidiano urbano pode ter um impacto significativo na comunidade, inspirando pessoas, estimulando a criatividade, proporcionando um senso de identidade cultural e até mesmo promovendo um diálogo social e político amplo, sem fronteiras.

A arte urbana (street art, em inglês) é um tipo de expressão encontrada nos espaços urbanos,  que se manifesta por meio de diversas intervenções. Suas ações ocorrem em ambientes públicos e interagem diretamente com os indivíduos. 

Geralmente, usam como suporte os grandes centros urbanos, onde há intensa circulação de pessoas e diversidade cultural. Na prática, a arte urbana representa o encontro da vida com a arte, pois essa união se dá naturalmente enquanto o ser humano vive e se desloca pela cidade.

Esse veículo de expressão artística está espalhada por todo o mundo. Surgiu nos Estados Unidos, há 50 anos, e tem um caráter dinâmico e passageiro. Então normalmente é associada à fotografia, que permite seu registro duradouro. No entanto, estudiosos afirmam que essa arte remete a períodos da antiguidade. Os gregos e romanos já transmitiam mensagens pelas ruas da cidade através de desenhos. Além disso, havia muitos artistas nos centros urbanos que se expressavam pela música, teatro e dança.

A arte urbana propõe justamente sair dos lugares ditos “consagrados”, aqueles destinados a exposições e apresentações artísticas — como os teatros, cinemas, bibliotecas e museus — para evidenciar a arte cotidiana, espalhada pelas ruas. 

Os temas utilizados pelos artistas de rua são bem diversos. No entanto, muitos trabalhos estão ligados a críticas sociais, políticas e econômicas.

É importante analisar o crescimento da arte urbana nos últimos tempos e a forma que passa a ser vista como um “valor cultural” muito significativo para as minorias que anseiam em se comunicar. Assim, essas manifestações populares permitem o encontro das pessoas com a arte independente, e, alguns artistas de rua conseguiram um lugar de destaque e reconhecimento mundial pela mídia, indústria e diversos meios de comunicação de massa.

No Brasil, a arte de rua também surge já na década de 70, mais precisamente com as obras de grafite nas paredes da cidade de São Paulo. No início, era marginalizada e de certa forma ainda sofre preconceitos, dependendo do local onde é produzida e do indivíduo que a realiza, sendo mais reprimida entre a população negra e pobre. Entretanto, alguns artistas conseguiram posição de destaque no mercado da arte. Ainda que a produção do artista de rua não seja reconhecida por muitos, é necessário destacar a importância e relevância desse trabalho para a sociedade.

(Fonte: todamateria.com.br/)

(Por Laura Aidar, arte-educadora, fotógrafa e artista visual)

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