O sonho permanece vivo. Mas depende de um resultado positivo em Resende. Recuperado na Justiça o direito de disputar a semifinal da Taça Santos Dumont, o primeiro turno do Campeonato Carioca da Série A2, o Friburguense vai à luta no estádio do Trabalhador e precisa vencer o Audax neste sábado, 14, às 15h, para avançar à final e enfrentar o Artsul. Missão que não é das mais simples, mas perfeitamente possível de ser cumprida com sucesso.
Após o empate com o Maricá, o Frizão acabou eliminado da Taça Corcovado, e por isso, a Santos Dumont se tornou a única via para brigar pelo acesso. O técnico Cadão trabalhou durante a semana para fazer alguns ajustes, e o retorno de Neto, que cumpriu suspensão no último fim de semana, é a principal novidade – e possivelmente a única. Flavinho volta a ser opção no banco de reservas.
A promessa é de jogo duro e equilibrado. O confronto entre as equipes em Nova Friburgo foi de muita marcação, poucas oportunidades e bastante tensão. São dois times bem organizados, com valores individuais interessantes, e coletivamente ajustados. Em tese, o Friburguense precisará propor o jogo, uma vez que o empate favorece ao adversário, por ter feito melhor campanha no primeiro turno.
Relembrando o caso
Após a vitória unânime em primeira instância, o pleno no Tribunal de Justiça Desportiva do Rio de Janeiro entendeu que houve a escalação irregular do atacante João Manuel em quatro partidas da Taça Santos Dumont, o primeiro turno do Estadual da Série A2. O Tricolor, obviamente, recorreu. Nesse meio tempo houve até a final, vencida pelo Artsul contra o Americano, nos pênaltis, na semana passada. No entanto, o resultado não havia sido homologado por orientação do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).
E foi exatamente o STJD o responsável por fazer a justiça prevalecer e absolver o Friburguense da punição aplicada pelo Pleno do TJD-RJ. O clube teve devolvidos os seis pontos na tabela de classificação e ganhou novamente o direito de disputar a semifinal do primeiro turno.
América é rival na Copa Rio
Em busca de uma vaga em competições nacionais, o Friburguense vai ter na Copa Rio o caminho para direcioná-lo a mais este objetivo. Campeão do Grupo X em 2020, o clube já entra na segunda fase da competição, reservada aos clubes da Série A, e terá o América como adversário. O alvirubro voltou a golear o 7 de Abril por 4 a 0 no jogo de volta, em casa, e confirmou a classificação.
As partidas vão acontecer no próximo dia 25 e 1º de setembro. A primeira será realizada no estádio Giulite Coutinho, em Mesquita, e a segunda no Eduardo Guinle, em Nova Friburgo. De acordo com o chaveamento, o possível caminho até a final, o time comandado por Cadão pode enfrentar, caso avance, Boavista, nas quartas de final, e Resende ou Bangu nas semifinais. Do outro lado estão equipes como Macaé, Madureira, Duque de Caxias, Nova Iguaçu e Volta Redonda, rivais numa hipotética decisão.
O torneio conta com a participação de 24 clubes, sendo oito da Série A, três do Grupo X da Série A, oito da Série B1 e cinco da Série B2, selecionadas dentre as de melhor classificação nos respectivos campeonatos do ano passado. Em toda Copa Rio, caso haja empate na soma de resultados dos confrontos, o vencedor será conhecido nas cobranças de pênaltis. O campeão escolhe uma vaga na Copa do Brasil de 2022 ou no Campeonato Brasileiro da Série D de 2022.
Cem vezes Afonso
Um dos jogadores mais longevos do atual elenco, e um dos líderes entre eles, o goleiro Afonso atingiu uma marca importante no duelo com o Maricá, no último sábado, 7. No Friburguense desde os 17 anos, o goiano completou 100 jogos oficiais com a camisa tricolor, numa trajetória que envolve acessos, quedas, títulos e, nestas últimas temporadas, a titularidade no gol do Frizão.
“Completei uma marca significativa e muito importante para mim. São 100 jogos pelo Friburguense. Uma história de anos, onde o carinho, a dedicação e a gratidão são enormes, tanto pelo clube, quanto pelas pessoas que fizeram parte disso tudo”, resume o goleiro em uma postagem na rede social.
A história do arqueiro de 31 anos começa ainda na sua terra natal, no interior de Goiás, passando pela capital Goiânia, até finalmente chegar a Nova Friburgo. No início, quando jogava futebol de campo atuava na linha, mas na escola atuava no gol.
Afonso se mudou para a capital Goiânia e teve o primeiro contato com times de base e atuou em campeonatos amadores. Foi nesse período que despertou o interesse de vários clubes. O Friburguense foi uma dessas equipes, e em 2007, o goleiro aceitou o desafio de vir para Nova Friburgo, através de Anderson Alves, ex-atleta e técnico do Frizão.
A estreia no time profissional aconteceu em 2012, em um jogo contra o Boavista, em Saquarema. Na ocasião o goleiro foi capitão da equipe, já assumindo o papel de liderança que exerce junto ao elenco. Dois anos depois foi titular durante praticamente toda a temporada pela primeira vez. Desde então, escreve sua história no Friburguense e em Nova Friburgo, onde casou e formou a sua família.
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