UPAs intensificam rastreio de casos suspeitos de dengue

Recomendação é encaminhar grávidas ao Instituto de Infectologia São Sebastião, na capital. Estado já tem 140 internados com a doença
segunda-feira, 27 de janeiro de 2025
por Jornal A Voz da Serra
(Foto: Henrique Pinheiro)
(Foto: Henrique Pinheiro)

Profissionais das 27 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) espalhadas pelo Estado do Rio de Janeiro, inclusive a de Nova Friburgo, no distrito de Conselheiro Paulino, vão intensificar a busca por sintomas da dengue nos pacientes que chegarem às unidades em busca de atendimento médico. As gestantes diagnosticadas com a doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti serão encaminhadas ao atendimento do Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião (IEISS), no Caju, zona portuária da capital fluminense. As medidas fazem parte da mobilização do Governo do Estado no combate à doença, que foram definidas pela Secretaria estadual de Saúde (SES-RJ) durante a primeira reunião da Sala de Situação da Dengue, realizada na semana passada.

“Mesmo não tendo um quadro de epidemia, como ocorreu no ano passado, o Governo do Estado do Rio de Janeiro está tomando medidas e ampliando a informação que serve de alerta à toda sociedade. Juntos podemos impedir o crescimento da dengue nos municípios fluminenses”, observa o governador Cláudio Castro.

A Sala de Situação é um colegiado formado por vários gestores da secretaria que tem por objetivo implementar medidas para fortalecer a capacidade de resposta do estado frente à doença. Somente neste primeiro mês de 2025, já foram registrados, até o momento, 2.105 casos prováveis de dengue e 140 internações. Outra novidade foi a apresentação da nova versão do Painel Monitora RJ, da SES, com informações mais abrangentes sobre arboviroses.

“Estamos vivendo períodos de altas temperaturas no estado e isso favorece a proliferação da dengue. A reunião tem por finalidade redobrar as estratégias do estado para melhorar o processo de trabalho e controle do Aedes aegypti. Por isso, vamos reforçar o trabalho dos profissionais que atuam na ponta, bem como, gestores e a população, os sinais e sintomas da doença, para que ela seja tratada em seu estágio inicial”, frisou a secretária  estadual de Saúde, Claudia Mello.

Referência no atendimento a pacientes com doenças infecto parasitárias, sobretudo meningites, leptospirose, tétano, dengue e raiva, o IEISS, que funciona em parceria com o Hospital dos Servidores, no Centro do Rio, será a unidade dedicada ao atendimento às gestantes com dengue. O instituto abrigará o Centro de Referência para Tratamento das Grávidas, como aconteceu na epidemia do ano passado, reforçando a importância da avaliação materno-infantil de forma precoce, propondo ações preventivas à enfermidade e evitando o agravamento da doença.

A entrada das gestantes com sintomas da doença ocorrerá via Sistema Estadual de Regulação (SER) e os leitos da unidade são ofertados conforme a demanda.

Cuidados reforçados e níveis de alerta

Nas UPAs serão reforçados os cuidados com sinais e sintomas da dengue: febre alta, dores musculares intensas e manchas avermelhadas, além do atendimento ao paciente. Todas as informações estão disponíveis para médicos, profissionais de saúde e a população no site da SES (www.saude.rj.gov.br). Para isso, basta clicar no Painel Monitora RJ, acessar “Vigilância em Saúde” e em seguida o ícone “Arboviroses” e depois selecionar “Dengue”. Todos os detalhes estão na aba “Atenção ao Paciente” (https://cisshiny.saude.rj.gov.br/dengue_painel/),  incluindo o aplicativo para classificação de risco de pacientes com suspeita de dengue, o  fluxo de atendimento ao paciente e o Manual de Manejo e Diagnóstico da Dengue.

Uma das novidades do site é o nível de alerta para dengue. A classificação é feita em três estágios: 1, 2 e 3. Os níveis são representados por cores que indicam a intensidade das ações. Verde para a condição habitual, com ações de rotina; amarelo para o nível 1, que marca o início da implementação das ações de contingência; laranja para o nível 2, com intensificação dessas ações; e vermelho para o nível 3, correspondente ao acionamento das ações em sua máxima capacidade.

Os níveis podem ser consultados por região ou por município. Esses indicadores são monitorados semanalmente, e a progressão para um novo nível de resposta ocorre quando há aumento contínuo dos dados por três semanas consecutivas.

É possível também verificar, no site da SES, o perfil epidemiológico da dengue, laboratorial e série histórica e documentos técnicos. As medidas reforçam a campanha “Dez minutos salvam vidas”, que convida a população a eliminar focos do mosquito nas residências.

 

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