AVS pergunta: A saúde pública concentra inúmeros desafios à gestão municipal. Ela consome entre 30% e 40% da Receita Corrente Líquida, e ainda assim responde por grande parte das reclamações feitas pela população. Como elevar a eficiência do serviço prestado, sem aumentar (ou mesmo reduzindo) o comprometimento orçamentário com a pasta? (Respostas por ordem alfabética)
Alexandre Cruz
“Vamos descentralizar a Saúde. Através dos programas “Saúde em suas Mãos”, trazer para dentro do seu celular o controle de marcações, informações sobre consultas e histórico da saúde, através de um projeto criado junto à UniRio. Vamos priorizar e trazer melhorias, através da contratação de profissionais para as unidades básicas de saúde da família, tornando mais ágeis e humanizados os atendimentos. Com isso desafogaremos o Hospital Municipal Raul Sertã, que hoje, está funcionando quase como um ambulatório, por causa das deficiências dos postos. O Hospital Raul Sertã, hoje, é regional, atendendo moradores de 14 cidades vizinhas. Vamos buscar recursos no estado e União para cobrir os gastos com esses pacientes. Como nossa prioridade é trabalhar em conjunto com a população, vamos fortalecer a gestão democrática e participativa da saúde, garantindo a articulação com a sociedade civil e fortalecendo o Conselho de Saúde. Os idosos vão ter atendimento especializado, com promoção integral da saúde, articulando políticas na área de educação, saúde e cultura, estimulando o envelhecimento ativo.”
André Montechiari
“O primeiro passo será separar o que é investimento de gastos. Hoje o município desperdiça milhões por falta de planejamento e por falta de habilitação de diversas atividades. Nossas prioridades serão: 1 - Habilitar diversos serviços que hoje não estão credenciados no SUS. O município realiza o atendimento e o SUS não repassa o valor; 2 - Informatização de todos os processos para possibilitar o controle de todas as etapas da administração e execução dos serviços; 3 - Controlar e cobrar o repasse que tem que ser feito por municípios vizinhos quando seus habitantes são atendidos em Nova Friburgo; 4 - Planejar compras e acabar com as compras emergenciais, que são verdadeiras sangrias do dinheiro público; 5 - Implantar serviços disponibilizados pelo Ministério da Saúde. Hoje o município não está realizando estes serviços e/ou está pagando com orçamento próprio; 6 - Realizar reformas e obras de manutenção com funcionários da Secretaria de Obras e Serviços Públicos; 7 - Reavaliar contratos com empresas privadas. Somente desta forma conseguiremos atingir a meta de reduzir os investimentos na saúde e oferecer um atendimento de qualidade para toda a população.”
Arthur Mattar
“A saúde receberá um choque de gestão administrativa. Vamos implantar um serviço de ambulância 24 horas nas unidades básicas de saúde nos distritos e postos de saúde estratégicos terão atendimento 24 horas; vamos criar o prontuário único eletrônico com a informatização dos atendimentos e prontuários em um sistema integrado entre as unidades; vamos cumprir um cronograma de manutenção preventiva e corretiva nos equipamentos; vamos implantar o posto de atendimento infantil; vamos recuperar o antigo Sase, transformando-o em um hospital; vamos promover melhorias da estrutura física, dos equipamentos e dos serviços nos postos de saúde; além disso vamos implantar o laboratório municipal de análises clínicas, além de reorganizar toda a assistência farmacêutica. Essas são algumas de nossas propostas. Vamos ainda investir em ações de promoção, prevenção, vigilância e de assistência ambulatorial, além de criar o Centro de Atenção Integral aos Portadores de Câncer e um programa de atendimento domiciliar ao idoso. Na certeza de que a pasta da Saúde será o maior desafio e ambição de nossa candidatura, com o desenvolvimento de projetos fundamentais para controle e eficiência dos gastos públicos.”
Cacau Rezende
“A saúde já tem uma ferramenta básica para o seu funcionamento, que é o SUS. É preciso respeitar estes norteamentos. Dentro deles, discutir e decidir as medidas necessárias no Conselho Municipal de Saúde, que é o colegiado onde a saúde municipal deve ser gerida participativamente. Com a parceria do Conselho vamos fazer funcionar cada segmento no atendimento primário, secundário e terciário, enfatizando uma gestão transparente dos repasses da União, do estado e dos recursos municipais. Vamos introduzir o conceito de cidade saudável, articulando os atores da sociedade, públicos e privados, orientando ações direcionadas a saúde preventiva, com uma ampla rede de solidariedade objetivando melhorar a qualidade de vida da população num sentido mais amplo. Dentre as medidas necessárias, enfatizamos o médico de família. Estruturar melhor os postos de saúde e UPAs. Tornar os espaços públicos adequados a uma boa qualidade de vida. O saneamento ambiental, assim como o caminhar e o pedalar, devem ser aspectos inegociáveis para uma política de saúde pública. Graças a ONU, sabemos que cada um real investido em saneamento básico, economiza-se R$ 4 em gastos com o sistema de saúde.”
Cláudio Damião
“Não há que se falar em redução de gastos com a Saúde. Há que se falar em combate aos desvios, fraudes e corrupção. A Saúde precisa ser prioridade de governo. Buscar eficiência e competência técnica. Informatizaremos todo o sistema; retomaremos a Fundação Municipal de Saúde; ampliaremos o número de policlínicas, equipá-las e garantir a equipe básica para atendimento à população. Reorganizar e reestruturar a Estratégia de Saúde da Família e as equipes de visitas domiciliares. A Saúde é um direito da população e não pode ser loteada por vereador para curral eleitoral em troca de favores para apoio ao prefeito. Isso é crime. Faremos o Plano de Cargos, Carreiras e Salários com a participação dos servidores. Daremos atenção plena ao atendimento preventivo, ao Programa de Saúde da Mulher e ao Programa de Saúde do Idoso. Além disso, daremos a atenção ao Caps melhorando a estrutura física, ampliando a cobertura; Caps AD e Caps-i também serão objetos de atenção e cuidado. Haverá eficiente sistema de compra e controle de estoques de modo a não faltar medicamentos nos hospitais e unidades de saúde, bem como os insumos necessários ao dia a dia da rede de saúde. Teremos tolerância zero com a corrupção.”
Delegada Danielle Bessa
“Falta uma gestão profissional na saúde de Nova Friburgo. Critérios políticos vêm prevalecendo nas escolhas dos gestores. Quem não lembra das trocas repentinas de secretários de Saúde nessa e na última gestão? Eu não sou política e tenho total liberdade para escolher apenas pessoas qualificadas para cada função. A questão da saúde é crítica. O serviço é ruim. A máquina pública carece de uma prática gerencial eficiente e moderna e informatizada, que funcione de forma muito transparente e que reduza a distância entre o governo e as pessoas. Meu compromisso é fazer um governo muito transparente. A transparência é o maior obstáculo para corrupção. O povo verá com clareza onde o imposto que ele recolhe vai ser aplicado. Nosso foco será integrar, com investimentos, as redes municipal, estadual e federal e aumentar para ampliar a atenção primária. Temos que cortar relações com a máfia que explora a Saúde. Quero promover campanhas de alimentação e merenda saudável e estimular a vida ativa, a prática de esportes. Tudo isso reflete em qualidade de vida e menos problemas de saúde. Precisamos humanizar o atendimento e cumprir na íntegra as ações e metas elencadas no Plano Municipal de Saúde.”
Dr. Luis Fernando
“Realmente a Saúde consome de 30% a 40% da receita, porém é necessário que se faça uma reforma administrativa urgente, de forma a valorizar os profissionais, com a isonomia salarial dos funcionários para que recebam salários dignos, sem comprometimento da folha, valorizando os que trabalham. Importante frisar que a melhoria da eficiência consiste também no trabalho com a atenção básica, a importância do programa de estratégia da família, do especialista, do doente atendido perto de casa, assim fazendo um trabalho preventivo, de forma a economizar recursos do SUS através da prevenção às doenças, e não com tratamento do doente em estado mais grave.”
Hugo Moreno
“A defesa do SUS é por uma saúde pública, conquista do povo brasileiro. No enfrentamento à pandemia o sistema salvou milhões de vidas ante ataques negacionistas. Friburgo Operária enfrentará a OS gestora da UPA, mediante municipalização da unidade e garantia de contratação dos profissionais envolvidos. Assumirá a prestação de todos os serviços de saúde, garantindo qualidade, excelência e respeito à classe trabalhadora e ao povo pobre. É inadmissível o direcionamento de recursos públicos para uma cadeia privada de assistência suplementar cujas regras sejam ditadas por operadoras de planos de saúde. Em matéria de vida, não há diferença entre contratantes de seguro saúde e beneficiários do SUS; a dignidade humana é universal. O choque de moralidade proletária otimizará a saúde pública para todos e todas. É compromisso zerar filas e acabar com demandas judiciais por medicamentos e procedimentos diagnósticos. Será preconizado o controle direto por meio do conselho popular setorial, que controlará e deliberará sobre todos os atos de gestão sem a interveniência da chefia do Poder Executivo. Reforçam-se, desse modo, a defesa do SUS público, o atendimento universal e a dignidade da saúde.”
Johnny Maycon
“É inconcebível saber que em 2017 o município gastou R$ 137 milhões com a saúde pública e em 2019 o gasto chegou a cerca de R$ 187 milhões. Ao longo do nosso mandato de vereador, constatamos e provamos que grande parte destes recursos tem sido desviados para atender os interesses escusos do sistema. Na nossa gestão, vamos informatizar os setores da saúde para maior transparência e controle efetivo. Com isso, não teremos mais o problema crônico da falta de medicamentos, materiais médicos e insumos em geral, pois haverá um setor de gerenciamento de processos que acompanhará em tempo real o trâmite dos mesmos, tendo a cobrança frequente do próprio prefeito que terá acesso aos relatórios gerados. Desta forma, teremos um planejamento eficaz que atenderá as demandas da saúde e economizará dos cofres públicos que em 2015 gastou R$ 4,2 milhões com bloqueios judiciais e em 2018 saltou para R$ 14,3 milhões por falta de gestão. Outra medida que tomaremos será a auditoria dos contratos e reassumir alguns serviços que hoje são terceirizados, como por exemplo a alimentação do Hospital Raul Sertã e Maternidade que só neste ano gastará em torno de R$ 7 milhões, valor bem acima da realidade.”
Juvenal Condack
“A saúde pública de Nova Friburgo precisa de mais humanização. Não justifica investir tanto dinheiro e a população avaliar os serviços prestados de forma tão negativa. Os friburguenses continuam tendo que enfrentar filas para marcar consultas, os formulários ainda são preenchidos de forma manual e o atendimento se torna muito lento e ineficiente. Deixamos de cobrar parte dos serviços prestados aos demais municípios. Vamos entregar mais saúde para os friburguenses com o uso da tecnologia, reduzindo custos atuais e oferecendo atendimento humanizado nos postos de saúde, na UPA e no Hospital Raul Sertã. Com toda rede municipal de saúde informatizada, as marcações de consultas poderão ser feitas pelo telefone ou WhatsApp. Com a informatização também iremos reduzir problemas como a falta de medicamentos que gera custos com a judicialização. Criaremos o prontuário eletrônico com acesso ao histórico do paciente via CPF. Desta forma, o usuário poderá ser atendido em qualquer unidade da rede pública de saúde e não apenas no posto próximo ao seu endereço. A ideia é configurar um sistema mais eficiente, ágil e barato, com ênfase na atenção básica e nas equipes de saúde da família.”
Lucidarlen Novaes
“Para resolvermos essa questão orçamentária devemos acertar a gestão e a administração da verba destinada à saúde. A verba se faz suficiente para sanar determinados déficits que assolam a saúde pública, para gerir e aplicar tal verba de forma justa e eficiente vamos propor alta fiscalização, mapeamento rígido da distribuição de verba e controle de gastos. Destituir cargos desnecessários dentro da saúde, elencar pessoas qualificadas e competentes para arrumar uma gestão eficiente e competente. Pessoas com valores e principalmente amor a saúde. Uma desobstrução de cargos e uma administração correta e fiscalizada corrigirá problemas que há anos impedem um serviço limpo e digno à população!”
Mariozam da Rádio
“O medo do gestor público é quando a população começa a participar da gestão. Em nosso governo, haverá participação popular e não a de nomeados e apadrinhados políticos. Infelizmente, há anos o Raul Sertã vem se tornando cabide de emprego de muitos políticos em nossa cidade. O hospital será administrado pelo secretário de Saúde, diretor de cada especialidade médica, entidades filantrópicas, religiosas, voluntários, iniciativa privada e o Conselho Municipal de Saúde. O hospital deve em conjunto passar por um processo de organização, de cuidado na aplicação dos recursos, para que nada falte. A informatização do hospital é de extrema necessidade para o atendimento de qualidade. A Secretaria de Saúde funcionará dentro do hospital. Sendo o dinheiro bem aplicado e fiscalizado, em pouco tempo, o Raul Sertã será um hospital de referência.”
Renato Bravo
“A implantação do Sisreg foi fundamental para ajudar pacientes do SUS. O sistema on-line de marcação de consultas e exames gerencia todo o complexo regulatório, da Atenção Básica à internação hospitalar, e ainda fora do domicílio, incluindo média e alta complexidades. Tivemos mais de 526 mil procedimentos agendados nos últimos quatro anos. A informatização em todo o sistema de saúde é absolutamente necessária para dar transparência, rapidez, economia e eficiência aos serviços. E as obras de expansão do Hospital Raul Sertã, que estão em fase de montagem de equipamentos, com três mil metros quadrados, 19 leitos de CTI adulto, 11 leitos infantis, seis salas cirúrgicas e salas de apoio para médicos e enfermagem. A prefeitura investiu R$ 4 milhões, provenientes das ações da Energisa. E assim faremos, para não comprometer o orçamento da Saúde. Fortaleceremos a gestão da Atenção Básica, priorizando a Estratégia de Saúde da Família e, com planejamento estratégico e recursos, qualificaremos os equipamentos existentes e ampliaremos equipes profissionais. Seguiremos na luta para desafogar o HRS e atuar efetivamente nas ações preventivas da Saúde.”
Sérgio Louback
“Vamos informatizar os processos. Contrataremos, através de licitação, um programa que fará todo o controle da saúde, dos medicamentos, das fichas de cada paciente, da redução de perda de insumos, das consultas e dos procedimentos em postos e hospitais. Trabalhei muitos anos na saúde, primeiro como balconista de farmácia e depois como representante de medicamentos no maior laboratório da América Latina. Conheço bem a realidade da saúde em nosso município, além das demandas dos municípios adjacentes. Precisamos diminuir o tempo de espera nos atendimentos e melhorar a prestação de contas, reduzindo custos e aumentando os repasses do Ministério da Saúde. Nossas propostas, buscam sanar os principais gargalos da saúde: implantar uma UBS 24 horas nos postos de Conquista, Lumiar, Olaria e São Geraldo. Cadastrar os beneficiados pelo SUS, para que recebam, via motoboys, seus medicamentos, mensalmente. Estender o horário do posto do Suspiro atendendo a demanda dos trabalhadores do comércio. Promover mutirões cirúrgicos. Implantar o "Cartão Receita", beneficiando doentes crônicos com a renovação automática desses receituários. Outras propostas e seus detalhes estão em meu site.”
Silvia Faltz
“A Saúde em nosso município apresenta problemas graves e estruturais. Não é um problema de falta de recursos, mas de como os recursos são utilizados. Para começar, precisamos ter mais controle social sobre a gestão da saúde, mais transparência nas licitações, combater com firmeza a corrupção no setor, pois vários escândalos têm vindo daí, segundo o MPF e a PF. Tanto os Hospitais Raul Sertã e Maternidade quanto as 18 unidades básicas de Saúde precisam ser bem equipados e ter equipes completas. Faltam profissionais em várias unidades. É necessário ampliar a atenção básica e a saúde da família, que hoje é e apenas 53%, principalmente em locais mais carentes, como Conselheiro Paulino, e garantir atendimento 24 horas. Fortalecer a rede de urgência e emergência, com a implantação de fato do Samu – Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Valorizar os profissionais de saúde, com um Plano de Cargos e Salários decente e um concurso público que preencha as vagas existentes em várias unidades. Rigor nas políticas de prevenção e combate à pandemia, enquanto não houver vacina. Todas as vidas importam!”
Wanderson Nogueira
“Informatizar os procedimentos e capacitar a gestão são essenciais para criar fontes de arrecadação na saúde para elevar e racionalizar o orçamento para a qualidade e eficiência dos serviços. Garantir a confecção do cartão do SUS e estabelecer a ligação em rede aos sistemas e programas do Ministério da Saúde permitirá que todo gasto com a população de Nova Friburgo e cidades vizinhas seja faturado. Precisamos realizar um censo da saúde para estabelecer base de dados de profissionais, equipamentos, almoxarifados e insumos. Buscar justiça salarial entre os profissionais. Além disso, vamos implementar: sistema de comunicação via celular com pacientes para agendamento de consultas, resultados de exames e outros serviços, criar estrutura para teleconsultoria entre os profissionais da atenção básica e especialistas, objetivando maior resolutividade na solicitação de exames complementares; triagem modernizada no atendimento que garanta tempo de espera mínimo na emergência do Raul Sertã; a Unidade de Cuidados Intermediários para doentes crônicos e idosos. Também articularemos medida de curto prazo para tratamento de câncer no próprio município. Essas são algumas das medidas que adotaremos.”
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